O arroz é um dos alimentos mais consumidos no Brasil e, devido à sua versatilidade, está sempre presente na mesa das famílias. É muito comum, porém, sobrar um restinho de arroz que é frequentemente jogado no lixo ao invés de ser reaproveitado em outras refeições. Isso pode ser até compreensível, já que a maioria das pessoas gosta de comer um arroz “fresquinho” e também porque, muitas vezes, as sobras do dia anterior acabam não sendo suficientes para uma próxima refeição. Mas, de pouco em pouco, o arroz acaba sendo o alimento mais desperdiçado pelos brasileiros, atingindo 22% de desperdício.
Além disso, os brasileiros têm certa aversão às sobras e preferem jogá-las no lixo ao invés de usá-las em receitas que permitam seu reaproveitamento. Essa prática, além de ser ruim para o bolso, traz grandes impactos negativos ao meio ambiente se repetidas por um longo período de tempo e por muita gente, como a emissão de gases de efeito estufa provenientes desses alimentos desperdiçados.
Todo produto que consumimos já passou por várias etapas antes de chegar às nossas casas, e com os alimentos não é diferente. A produção de qualquer alimento consome recursos como água, solo e insumos agrícolas, causando, por exemplo, a emissão de gases de efeito estufa que contribuem com as mudanças climáticas. Assim, ao jogar fora um alimento, joga-se fora tudo aquilo que foi usado na sua produção.
No caso do arroz, a “pegada de carbono” na sua produção representa a emissão de 1,78 quilos de dióxido de carbono equivalente (kgCO2eq) por quilograma de arroz produzido.
Se uma família (4 pessoas) evitar 100% do desperdício de arroz ao longo de um ano irá poupar 62,1 kgCO2eq de emissões associadas à produção dessa quantidade de arroz que não foi desperdiçada. Isso equivale às emissões da produção de energia elétrica suficiente para manter o funcionamento de um notebook (8h/dia) e de 10 lâmpadas LED (6h/dia) por 3 anos inteiros.
Lembre-se disso antes de descartar arroz e evite desperdícios. Isso pode ser feito tanto cozinhando somente o necessário quanto reaproveitando o que já está pronto em outras receitas ou misturando com o arroz “novo”.