Toda a estratégia ambiental, social e de governança (ESG) da The Coca-Cola Company está voltada para os objetivos de 2030, estabelecidos a partir de critérios científicos, e também para a meta de zerar suas emissões líquidas de carbono até 2050. Foi esta a mensagem que importantes líderes da empresa transmitiram a investidores no último dia 3 de novembro.
“Ao interligar nossos objetivos, como água, agricultura e embalagens, estamos reduzindo as emissões de carbono em todo o sistema e construindo resiliência, tanto em nossa cadeia de valor como nas comunidades locais”, disse Bea Perez, vice-presidente sênior e chefe de Comunicações, Sustentabilidade e Parcerias Estratégicas.
Depois de alcançar em 2020 a meta de reduzir as emissões relativas de carbono de cada bebida que chega à mão do consumidor em 25%, na comparação com 2010, a empresa estabeleceu um novo objetivo com critérios científicos: diminuir até 2030 as emissões de gases de efeito estufa de níveis 1, 2 e 3 em 25% na comparação com 2015. Esta meta está alinhada aos objetivos do Acordo de Paris.
“Não importa o quanto cresçamos até lá. Planejamos emitir 25% menos carbono em 2030 do que em 2015”, explicou Perez.
Uma vez que 85% das emissões escapam ao controle direto da empresa com parceiros engarrafadores e fornecedores, a The Coca-Cola Company trabalha com eles para criar um abrangente plano de zerar as emissões líquidas. “Assim que o roteiro estiver claro, estaremos prontos para assumir compromissos mais formais por meio da nossa iniciativa de zero emissões líquidas”, acrescentou Perez. “Enquanto isso, consideramos nosso objetivo para 2030, cientificamente embasado, como um passo crucial. Sabemos que as reduções devem ocorrer ainda nesta década se o planeta quiser atingir a meta em 2050.”
A Coca-Cola Europacific Partners e a Coca-Cola Hellenic anunciaram suas próprias metas de zero emissões líquidas, e a Coca-Cola Swire e a Coca-Cola FEMSA têm objetivos baseados em critérios científicos de graus 1,5 e 2, respectivamente.
Linha de garrafas retornáveis na fabricante brasileira Solar, no Maranhão
As metas ESG da companhia — que foram incorporadas às operações da Coca-Cola e vinculadas às suas estratégias de crescimento — ajudam a reduzir a pegada de carbono total da empresa. Isso inclui o lançamento de uma estratégia que busca, até 2030, alcançar a segurança hídrica em cada localidade-chave onde estamos presentes, buscando a eficiência nas operações, proteção para bacias hidrográficas e acesso para comunidades. Entre as iniciativas para permitir que a natureza continue a capturar carbono, ajudando os agricultores a se adaptarem às mudanças climáticas, estão: a introdução de métodos de reposição hídrica, o incremento da resiliência das comunidades, com foco nas mulheres e meninas, e a colaboração com nossos fornecedores agrícolas em bacias hidrográficas prioritárias para reduzir o uso de água e implementar práticas de plantio sustentáveis.
As embalagens representam até 30% da pegada de carbono geral da empresa. Portanto, os esforços da estratégia Mundo Sem Resíduos são essenciais para alcançarmos uma meta de redução de carbono a partir de uma base científica. Entre as prioridades estão expandir o uso de embalagens retornáveis, aumentar o conteúdo reciclado nas embalagens, melhorar os sistemas de coleta e criar parcerias que eliminem o desperdício e diminuam a pegada de carbono total da Coca-Cola, embalagem a embalagem.
Equipamentos refrigeradores para bebidas que liberam gases HFC são os responsáveis pela maior parte das emissões de carbono da empresa. Em 2020, instalamos mais de 500 mil refrigeradores sem HFC, avançando em direção à meta de 2030, aumentando a eficiência energética e proporcionando economia de custos para os clientes, por meio do uso reduzido de eletricidade.
Criando um Mundo Sem Resíduos na América Latina
O presidente da unidade operacional da América Latina, Henrique Braun, falou sobre como sua equipe está implementando a estratégia global de ESG da companhia em 40 países e territórios, por meio de ações derivadas da iniciativa Mundo Sem Resíduos e centradas na expansão das opções de embalagens retornáveis e na coleta de embalagens recicláveis — transformando essas garrafas em outras novas, ao mesmo tempo em que geramos valor nas comunidades e em toda a cadeia de valor da Coca-Cola.
“As retornáveis são uma resposta às preocupações com acessibilidade e sustentabilidade”, explicou Braun.
Garrafas retornáveis — que representaram 27% das vendas na América Latina em 2020 e foram o formato de embalagem de crescimento mais rápido do sistema em 2018 e 2019 — são usadas 25 vezes, em média, constituindo a base de uma economia circular, ao mesmo tempo em que reduzem os resíduos e as emissões de carbono.
A Covid-19 acelerou a expansão do uso de retornáveis na América Latina, ao permitir a mais famílias desfrutar de diferentes produtos em casa, de uma maneira mais acessível, em tempos de incertezas econômicas.
Em 2018, diversos mercados latino-americanos colaboraram no lançamento da Garrafa Universal, um modelo de garrafa única e retornável, que pode ser usada para várias marcas de bebidas com ou sem gás. A Ellen McArthur Foundation reconheceu a inovação como uma das práticas mais eficazes relacionadas às embalagens em todo o mundo.
Uma nova campanha de marketing reforça os benefícios das embalagens retornáveis junto aos consumidores latino-americanos, que continuam a priorizar a sustentabilidade. De acordo com um estudo da Kantar, publicado em setembro de 2021, dois em cada três compradores disseram que trocariam suas marcas habituais por embalagens sustentáveis.
A Coca-Cola Brasil recentemente testou uma solução digital para o processo de troca de garrafas retornáveis ??por meio de cupons virtuais.
“Se um consumidor se esquecer de levar fisicamente a garrafa vazia ao local de venda, ele pode ‘recuperá-la’ virtualmente usando um aplicativo que mostra o crédito da garrafa retornável na carteira digital de um cliente (estabelecimento) participante. Isso permitirá ao consumidor pagar apenas pelo líquido e, depois, devolver a garrafa vazia para ser novamente enchida”, disse Braun, destacando que essa iniciativa piloto se expandiu recentemente para o Chile.
A Coca-Cola América Latina também está trabalhando com engarrafadoras parceiras em seis mercados para lançar garrafas feitas de PET 100% reciclado (rPET), excluindo tampas e rótulos. Em Honduras e El Salvador, as operações da Coca-Cola atingiram, nove anos antes do prazo, a meta de Mundo sem Resíduos de usar pelo menos 50% de material reciclado nas embalagens até 2030.
Ainda pelo lado das parcerias, a Coca-Cola América Latina está se unindo aos engarrafadores Solar Coca-Cola e Coca-Cola FEMSA Brasil nas iniciativas de coleta e reciclagem de garrafas usadas de PET Recicla Solar e SustentaPet. Desde o lançamento, em 2019, a SustentaPet coletou 31 mil toneladas de PET (mais de 1 bilhão de garrafas). Só em 2021, já foram mais de 19 mil toneladas.
No México, o sistema Coca-Cola investiu US$ 500 milhões em infraestruturas de coleta e reciclagem de PET. A expansão da fábrica da PETSTAR, maior unidade de reciclagem de PET apto para alimentos do mundo, deve gerar mais de 2,9 mil empregos diretos e 35 mil indiretos, aumentando a disponibilidade de rPET do país em até 51%.
Outros programas, como “Mi Tiendita Sin Residuos” (“Minha Lojinha sem Resíduos”) estão transformando pequenos comércios do México em centros de coleta, estimulando a consciência ambiental nas comunidades locais. Os resultados iniciais mostram que a intenção de compra dos produtos da Coca-Cola nos pontos de venda participantes aumentou de 51% para 60%.
“Com quase 40 países e territórios em nossa unidade operacional, existem muitos desafios que enfrentamos para alcançar nossas metas”, concluiu Braun. “Porém, trabalhando com nossos funcionários, nosso sistema e uma infinidade de parceiros nos países e na região como um todo, estamos muito animados com os avanços alcançados.”