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13.07.21 às 15:05

2° Encontro Nacional do Desafio Escolas Sustentáveis

Educadores das escolas participantes apresentam iniciativas para ampliar a temática da sustentabilidade no ambiente escolar

O Akatu organizou o segundo encontro nacional remoto das escolas brasileiras selecionadas pelo Desafio Escolas Sustentáveis, projeto que busca promover a educação para a sustentabilidade junto às escolas públicas de educação básica brasileira. As cinco instituições públicas selecionadas, uma de cada região do país, apresentaram as ações realizadas no ano que passou e seus planos de ação para 2021, destacando desafios e objetivos propostos. O projeto global foi prorrogado até agosto deste ano devido às dificuldades de execução em um cenário de Covid-19. 

Em sua segunda edição, o objetivo do encontro nacional foi proporcionar uma troca de conhecimento e experiências entre as escolas selecionadas, explica Pedro Bernardes, do Akatu. “Para que os participantes possam visualizar como está sendo a implementação do projeto, conversar sobre eventuais desafios que possam ter em comum, visualizar diferentes ações implementadas pelas escolas das outras regiões, e aprender com as experiências de cada localidade”, destaca Pedro. 

“O Desafio estimula que a sustentabilidade seja trabalhada de maneira integral, com foco em melhorias de infraestrutura e ações pedagógicas para que os alunos repensem seus estilos de vida não só nas escolas, mas dentro de casa”, afirma Denise Conselheiro, gerente de educação do Akatu. “Uma sementinha foi plantada no ano passado, mas a ideia é fazer isso da maneira contínua, pensando em trazer o melhor cenário para os alunos da rede pública”, completa. 

O Desafio Escolas Sustentáveis fez parte de um esforço global coordenado pelo Institute for Global Environmental Strategies (IGES) e pela One Planet Network e financiado pelo Ministério do Meio Ambiente do Japão. Ele foi realizado simultaneamente em nove países — Brasil, Namíbia, África do Sul, Uganda, Camboja, Quirguistão, Filipinas, Vietnã e Suriname. 

As cinco instituições do Desafio Escolas Sustentáveis já estão implementando as ações previstas para 2021, e o relatório destas atividades deverá  incluir o cálculo de redução da emissão de gases de efeito estufa por meio da implementação dos projetos. Confira os destaques de cada instituição: 

Colégio Estadual Leôncio Correia, Curitiba (PR)

O projeto “Cultivando Saberes: educação ambiental para escolas sustentáveis” foi um dos destaques na apresentação do colégio curitibano. Em 2020, a escola concluiu a construção de um Centro de Educação Ambiental, com processos de recuperação do solo e adaptação de composteira, além da instalação de placas de energia solar. Para 2021, estão entre as próximas atividades a instalação de uma central de destinação adequada de resíduos e um biodigestor. Para o segundo semestre, com um cenário positivo de retorno às salas de aula, a escola também prevê o desenvolvimento pedagógico e curricular, e a instituição do COM-VIDA (Comitê de Meio Ambiente e Qualidade de Vida), formado por estudantes, professores e membros da comunidade escolar. 

Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Negócios Letice Oliveira Maciel, Seabra (BA)

A escola segue implementando a Eco-CEEP, uma proposta para a gestão de resíduos sólidos e para a ressignificação do espaço escolar. Entre os objetivos listados estão: educação ambiental e consumo consciente; coleta de resíduos sólidos, como papel, plástico e metal; adequação do ambiente escolar; e oficinas de bioconstrução e ecodesign com o intuito de apresentar e aplicar práticas sustentáveis. Ainda estão previstas parcerias com outras escolas municipais, oficinas de arte, diálogos com a comunidade e coleta de resíduos no PEV (Ponto de Entrega Voluntária), com o envio dos materiais coletados para instituições parceiras. 

Escola Municipal José Calil Ahouagi, Juiz de Fora (MG)

A iniciativa apresentada pela escola para 2021, intitulada “Mãos na Terra para uma Escola Sustentável – 2021 com equidade racial e de gênero”, utilizará como pilar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, que destaca a igualdade de gênero e o empoderamento de meninas e adolescentes, e o uso de tecnologias de informação e comunicação para o empoderamento das mulheres. 

Foram programadas oficinas online com a participação de especialistas negras abordando temas como a mulher negra na sociedade, a inserção da mulher negra na universidade e no mercado de trabalho,  e a afirmação sobre a estética racial e o racismo estrutural. A biblioteca da escola foi atualizada com livros interdisciplinares direcionados à temática racial. Já a oficina de filmagem, vídeo e edição, e oficina de bioconstrução com a inclusão do jardim sensorial e a separação de resíduos, estão entre as próximas atividades previstas. 

Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho, Três Lagoas (MS)

Para 2021, a escola estadual sul-mato-grossense destacou a construção de um pomar e a inserção de árvores frutíferas, priorizando espécies nativas. Os alunos terão participação ativa no plantio e cultivo, além da oportunidade de aprender durante as aulas externas, contribuindo com um senso de responsabilidade social e ambiental. A atividade ainda debate o cultivo em áreas verdes e segurança alimentar. Em 2020, dentro do projeto da escola selecionada para região Centro-Oeste, foram realizadas a construção de uma cisterna, horta mandala, composteira e estação de tratamento de água na cozinha. 

Escola Estadual Indígena Dom Lourenço Zoller, de Uiramutã (RR)

Devido a dificuldades de conexão, a escola não participou do encontro online, mas compartilhou com o Akatu quais foram os desafios e atividades realizadas até aqui. Em 2020, as condições de distanciamento social impostas pela pandemia prejudicaram a realização dos seminários propostos sobre sustentabilidade, consumo consciente, energia renovável e redução de emissões de gás carbônico. Para este ano, a escola prevê a retomada desses momentos formativos, reforçando as temáticas de sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente, além de ações para valorização da importância da vacina e imunização para a comunidade indígena. A instituição também tem passado por manutenções para redobrar o cuidado com a higiene entre os alunos, além da continuidade da implementação das placas de energia solar e da horta, onde recentemente foram plantados mudas de milho verde e pés de bananeira. 

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