Comentário Akatu: O relatório do WWI (citado na reportagem abaixo) destaca a responsabilidade dos agentes políticos e econômicos e a importância da atuação dos cidadãos para realizar mudanças significativas no planeta, baseadas na gestão sustentável, inclusiva e participativa. Nesse contexto, se inserem consumo e produção sustentáveis, que são pilares fundamentais para a transição civilizatória em que o mundo todo está envolvido.
A liderança em sustentabilidade não é ausente – ela apenas normalmente vem de baixo para cima, em vez de cima para baixo. A ação está sendo conduzida por cidadãos locais e movimentos populares em todo o mundo. É isso o que defendem os autores que participaram da elaboração do novo relatório do Worldwatch Institute (WWI), lançado em português em dezembro.
Produzida há 32 anos consecutivos, a publicação Estado do Mundo 2014 está em sua 31ª edição e tem como tema “Como Governar em Nome da Sustentabilidade”. A versão em português, lançada digitalmente, é realizada pela Rede Brasileira do Pacto Global http://www.pactoglobal.org.br/ e pela Associação Comercial da Bahia.
O documento – que já está disponível para download gratuito – possui 230 páginas e reúne 15 artigos, elaborados por pesquisadores internacionais importantes, como:
– David W. Orr, professor de estudos ambientais;
– Michael Renner, pesquisador do WWI de economia verde e co-diretor do relatório;
– D. Conor Seyle, especialista em psicologia política, e
– Monika Zimmermann, secretária-geral adjunta do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade.
Lançado em comemoração aos 40 anos do WWI, o relatório destaca a responsabilidade dos agentes políticos e econômicos e a importância da atuação dos cidadãos para realizar mudanças significativas no planeta. Além disso, sugere sistemas de gestão colaborativos, inclusivos e que favoreçam a tomada de decisão coletiva.
“Em um mundo marcado por fontes concorrentes de autoridade e poder, a busca de interesses particulares, tanto de indivíduos quanto de países, este relatório mostra como diante de governos falíveis e mercados imperfeitos – sem uma governança global -, podemos e devemos pôr em prática normas para o uso de recursos naturais finitos, de modo democrático, justo e, acima de tudo, sustentável para o bem comum”, opina Ramesh Thakur, professor da Australian National University e diretor de redação do Global Governance.
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