Conhecimento, compreensão, lucidez, discernimento. São várias as definições e sinônimos para a palavra consciência, que o filósofo, cientista e ensaísta inglês Francis Bacon chamou de “a estrutura das virtudes”. Mas, afinal, você sabe o que é consciência? Já pensou na importância de refletirmos sobre as nossas ações que muitas vezes praticamos no piloto-automático? Neste Dia Internacional da Consciência, celebrado em 5 de abril, convidamos você a exercitá-la, para que possamos construir juntos uma sociedade cada vez melhor para todos.
O que é consciência?
Debatida em diversas áreas do conhecimento, como Medicina, Filosofia, Neurologia e Psicologia, a consciência é o que difere o ser humano dos animais. Essa capacidade de pensar, refletir e analisar nossos atos foi fundamental para o desenvolvimento da humanidade e continua sendo indispensável para o aperfeiçoamento de instituições e para a construção contínua e coletiva de uma sociedade mais justa, igualitária, pacífica e sustentável.
Consciência (substantivo feminino):
1) Sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior.
2) Sentido ou percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais.
3) Sistema de valores morais que funciona, mais ou menos integradamente, na aprovação ou desaprovação das condutas, atos e intenções próprias ou de outrem.
4) Conjunto de ideias, atitudes, crenças de um grupo de indivíduos, relativamente ao que têm em comum ou ao mundo que os cerca. (fonte: Oxford Languages)
Por que consumo consciente?
Considerando a consciência como a habilidade de compreender o impacto de suas ações sobre os indivíduos e o seu entorno, além de uma motivação para a ação, o Instituto Akatu promove o consumo consciente desde a sua fundação, em 15 de março de 2001.
O Akatu adota a terminologia consumo consciente justamente por entender que a compreensão sobre os impactos dos hábitos de consumo pode levar a mudanças de comportamentos que resultem em menores impactos negativos ou maiores impactos positivos para si próprio, os outros e o meio ambiente. Adjetivos usualmente utilizados para qualificar o consumo não são tão representativos em termos de sensibilização e mobilização de pessoas:
– O “consumo sustentável” só é possível quando todo o entorno e as práticas na sociedade oferecem condições que resultem sustentáveis, não se aplicando, portanto, a um indivíduo, que não consegue ser um “consumidor sustentável”.
– O “consumo responsável” tem como oposto o “consumo irresponsável” e não pode haver responsabilidade quando não há consciência dos impactos. Se queremos mudanças, é melhor oferecermos oportunidades de contribuição do que responsabilidades.
Consumo consciente é consumir sem excessos ou desperdícios, para que haja o suficiente para todos para sempre. É consumir com o melhor impacto possível sobre o indivíduo, a sociedade, a economia e o meio ambiente. É contribuir de forma ativa para a sustentabilidade da vida no planeta — e é elemento essencial do caminho que corrija o cenário alarmante onde já consumimos, em 1 ano, 74% mais recursos naturais do que a Terra é capaz de regenerar.
E trilhar esse caminho do consumo consciente é mais simples do que parece. Começa antes do ato de compra, quando nos questionamos se precisamos de fato de um novo eletrônico ou peça de roupa. Passa pela economia de recursos naturais ao recusarmos itens supérfluos, por uma menor geração de resíduos e pelo uso prolongado de produtos, indo até ao descarte adequado desses itens.
Para saber mais sobre como começar ou se aperfeiçoar nessa jornada contínua (afinal, ninguém é um consumidor 100% consciente), acesse o guia Primeiros Passos e as 6 Perguntas do Consumo Consciente.
Exercite a sua consciência — e o consumo consciente também.