Foi no Parque Ecológico da Klabin, localizado em Telêmaco Borba (PR), que há mais de 30 anos promove ações de desenvolvimento sustentável, que a Klabin uniu esforços à Airom Ambiental em um projeto para reintroduzir inicialmente jacutingas, espécie de aves em extinção em muitas regiões pelo Brasil. Há décadas essa ave não era avistada em vida livre nesta região do Paraná. O Grupo Airom Ambiental foi criado pelo ativista ambiental e ator Victor Fasano da Criadouro Tropicus (RJ) e outros ambientalistas e cientistas como Roberto Azeredo e James Simpson da Crax Sociedade de Pesquisa da Fauna Silvestre (MG) e Marcos Wasilewski do Criadouro Guaratuba (PR).
Por serem consideradas ótimas dispersoras de sementes e se alimentarem de diversos frutos nativos, as jacutingas são consideradas animais necessários para a sobrevivência da Mata Atlântica, pois colaboram na manutenção e regeneração deste bioma. Com a devastação da floresta em vários lugares do Brasil, no entanto, a espécie quase chegou à extinção.
“Ver aqueles animais extintos na região voltarem a fazer parte do seu habitat natural e exercerem seu papel no ecossistema nativo, percebendo que gradativamente eles estão se ambientando novamente à vida selvagem, é a maior alegria que podemos ter, pois mostra o quanto nossa iniciativa é importante e está sendo cumprida com sucesso”, destaca Victor Fasano, cofundador da Airom Ambiental.
A iniciativa foi feita em etapas. Primeiro, os veterinários do Parque realizaram uma avaliação médica com as jacutingas vindas da Airom, para ter certeza de que nenhuma delas estava com enfermidade que pudesse contaminar outros animais ou impedir sua sobrevivência no meio ambiente. O segundo passo foi colocá-las em um ambiente controlado do Parque, que possui características semelhantes às da Mata Atlântica, para que as aves começassem a se adaptar ao local no qual seriam inseridas. Todo esse processo foi executado pela Klabin e apoiado pela Airom Ambiental e culminou na soltura de 10 jacutingas à mata nativa, no município paranaense que conta com a Mata Atlântica em boa parte de seu território.
Tanto o Parque Ecológico Klabin quanto a Airom Ambiental criam espécies ameaçadas em situação controlada para fazer este tipo de reintrodução ao meio ambiente. O Parque tem como propósito atuar na conservação e soltura de espécies em risco de extinção e atuar como um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, e a Airom Ambiental realiza a criação de animais em cativeiro para a reintrodução em áreas protegidas da natureza.
“Parcerias como essa, que auxiliam no propósito da Companhia de atender os pilares ESG (Meio Ambiente, Social e Governança, em português), tão intrínsecos nos seus objetivos de negócio, são muito importantes para a Klabin. Conduzir a reintrodução de pelo menos duas espécies que sejam comprovadamente extintas localmente e promover o reforço populacional de outras quatro espécies ameaçadas até 2030 é uma das metas dos KODS – Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável, alinhados à agenda 2030 da Organização das Nações Unidas”, afirma Julio Nogueira, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Klabin.
Essa não é a primeira vez que o Parque Ecológico Klabin obtém sucesso no seu objetivo de reintroduzir espécies extintas ao meio ambiente. Em 2018, o Parque, em parceria com o Projeto Refauna, auxiliou na reintrodução de antas no estado do Rio de Janeiro, quando enviou dois machos e uma fêmea para a RPPN – Reserva Ecológica de Guapiaçu (RJ), que em 2021, resultou no nascimento do primeiro filhote da espécie no local, mudando o cenário de extinção no estado que durava mais de 100 anos. O nascimento do filhote representa a confirmação de que o processo de recuperação da reserva é um caso de sucesso na recomposição da Mata Atlântica.