Comentário Akatu: a devastação de florestas, além de causar mudanças climáticas e ameaçar de extinção espécies animais e vegetais, representa um enorme desperdício de recursos valiosos, provenientes de uma biodiversidade de valor estratégico incalculável. Como consumidor consciente, valorize as empresas que ajudam a preservar este patrimônio natural.
A Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) lançaram no dia 11 de novembro o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, que traz os dados mais recentes sobre a situação de cidades do Estado de São Paulo.
Segundo o Atlas, Ubatuba foi a cidade que mais preservou o bioma no período de 2000 a 2014, com 85% de vegetação natural, em comparação com a área original. Já a capital paulista mantém apenas cerca de 18% de sua área de Mata Atlântica preservada. A cidade do Estado com número mais expressivo de desflorestamento entre 2000 e 2014 foi Eldorado, com 1.056 hectares de supressão de vegetação nativa.
Os dados atualizados e o histórico das cidades abrangidas pela Lei da Mata Atlântica poderão ser acessados no site Aqui Tem Mata, que apresenta de forma simples e interativa as áreas remanescentes de Mata Atlântica no país. Com opções de busca por localidade, mapas interativos e gráficos, a ferramenta está disponível para web, tablets e celulares.
Atualmente, a Mata Atlântica é a floresta mais ameaçada do Brasil, com apenas 12,5% da área original preservada.
O ranking de desmatamento do Atlas dos Municípios, com dados de 3.429 cidades brasileiras, é encabeçado pela cidade piauiense de Eliseu Martins, que teve supressão vegetal de 4.287 hectares (ha) no período entre 2013 e 2014. Por outro lado, outras duas cidades desse Estado, Tamboril do Piauí e Guaribas, lideram a lista das cidades mais conservadas, com 96% da vegetação natural. No recorte do período 2000-2014, a cidade campeã de desmatamento no Brasil é Jequitinhonha (MG), com 8.708 hectares desmatados.
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