Para o homem sobreviver, tem obrigatoriamente de consumir. É inexorável, não há escolha. Mas há escolha, ou melhor, há muitas escolhas quanto à qualidade e a intensidade desse consumo. Embora todos os nossos atos de consumo impactem o meio ambiente, a economia, a sociedade e nós mesmos, é possível fazer escolhas de consumo tenham maiores impactos positivos e menores impactos negativos.
Consumir consciente não é não consumir, porque impossível. Mas é consumir menos e diferente, tendo no consumo um instrumento de bem estar e não um fim em si mesmo; é consumir solidariamente, buscando os impactos positivos do consumo para o bem-estar da sociedade e do meio ambiente; é consumir sustentavelmente, deixando um mundo melhor para as próximas gerações.
Começar mudando pequenos atos do dia-a-dia pode ajudar a criar um novo estilo de vida, que cuide melhor de você mesmo, do outro e do planeta. Afinal ações pontuais e esporádicas têm impacto reduzido. O que muda mesmo a vida nas cidades e no planeta são boas práticas repetidas ao longo da vida e por muita gente. Quer tentar? Experimente:
• Escovar os dentes com a torneira fechada e utilizando uma quantidade consciente de pasta de dente, da qual deve se procurar saber a origem. Hoje já existem pastas de dente sustentáveis sem o uso de sacarinas, corantes artificiais, abrasivos, parabenos e flavorizantes artificiais.
• Reduzir o tempo de banho em 5 minutos, desligando o chuveiro para se ensaboar.
• Vestir roupas das quais conhece a procedência.
• Ir ao trabalho a pé ou de bicicleta. Se for de carro, dar carona e procurar abastecer com o combustível que tiver o menor impacto (emissões x motor). Se for de transporte coletivo, minimizar o impacto indo de trem ou metrô.
• Nas refeições, não desperdiçar nas compras e no preparo para evitar sobras e comida no lixo.
• Nas compras, fazer um planejamento prévio do que comprar, a boa e velha listinha. Comprar realmente o necessário, ler os rótulos atentamente e não se ligar apenas no preço e na marca. Buscar informações sobre toda a cadeia produtiva do bem, a história do produto e das empresas envolvidas no processo.
• Não cair no “marketing verde” e “marketing social”. Procurar informações sobre as práticas de responsabilidade socioambiental da empresa. Ver se ela faz mesmo o que fala. Se ela não fizer, documente a história e ponha na internet (you tube, orkut, facebook, twitter são hoje canais eficientes de protesto).
• Não deixar seus direitos de lado. Além da internet, procurar os órgãos oficiais: Procon e o Judiciário.
• Evitar embalagens em excesso.
• Não usar saquinhos plásticos descartáveis. Usar sacolas duráveis e retornáveis.
• Utilizar os produtos de forma eficiente e fazendo seu aproveitamento total, até o final de sua vida útil.
• No descarte, separar o limpo seco do molhado e praticar a coleta seletiva, buscando também saber o destino final de tudo o que descartar.
• No trabalho, ter sua própria caneca para água e xícara para café. Separar seu lixo, descartando de forma correta.
• Fazer um planejamento financeiro com a família, procurando fazer o consumo consciente do dinheiro e do crédito e ao final avaliar os impactos que sua família tem para com o planeta.
• No lazer, procurar programas que valorizem o ser, a companhia, a união e que gerem menos impactos negativos.
• Fazer um inventário do que tem e não usa mais e fazer a doação desses produtos ou participar de feiras de trocas.
• Consumir energia com consciência: desligar todos seus equipamentos que não estiverem em uso; procurar utilizar luz natural sempre que possível; desligar luzes e equipamentos de ambientes que não estiverem sendo utilizados; e procurar, na medida do possível e dentro de seu planejamento financeiro, trocar seus equipamentos por outros mais eficientes. Usar o bom senso no uso da telefonia, da internet, da TV e outras ações que demandam energia.
• Não deixar os aparelhos em stand by. Não é só aquela luzinha que você no painel, há um circuito que mantém o aparelho em stand by e também consome energia. Desligar no botão liga-desliga ou tirar da tomada.