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07.06.06 às 0:00

Sadia fecha acordo de venda de créditos de carbono

A Sadia é a primeira empresa brasileira do setor de alimentos a ser beneficiada pela venda de créditos de carbono, em operação na qual receberá, nos próximos dez anos, entre R$ 80 e R$ 90 milhões do European Carbon Fund. A Sadia é associada benemérita do Instituto Akatu. O valor do contrato é referente a […]
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A Sadia é a primeira empresa brasileira do setor de alimentos a ser beneficiada pela venda de créditos de carbono, em operação na qual receberá, nos próximos dez anos, entre R$ 80 e R$ 90 milhões do European Carbon Fund. A Sadia é associada benemérita do Instituto Akatu.

O valor do contrato é referente a 2,7 milhões de toneladas de carbono. O crédito de carbono é uma das medidas previstas no Protocolo de Kyoto para que os países desenvolvidos consigam cumprir suas metas de redução do lançamento na atmosfera de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO²), metano e óxido de nitrogênio.

A operação só foi possível graças ao pioneirismo da empresa nas questões relacionadas ao efeito estufa. Ainda em 2003, a Sadia começou a desenvolver projetos que reduzem a a emissão de gases de efeito estufa por seus processos industriais. No ano seguinte, a companhia instalou equipamentos biodigestores em três granjas.

Os biodigestores, que são uma espécie de tanque coberto, transformam o metano gerado pela fermentação dos dejetos dos suínos em gás carbônico, que é 21 vezes menos poluente do que o metano.

Para que a meta de 2,7 milhões de toneladas de carbono capturadas seja atingida, a Sadia estenderá o projeto para seus 3500 integrados (propriedades rurais de pequeno e médio porte que criam suínos com a supervisão da empresa).

Os recursos provenientes da venda dos créditos de carbono serão usados para a implementação de melhorias ambientais na empresa e em suas propriedades integradas, incluindo a instalação dos biodigestores. Haverá investimento também em projetos de proteção de matas ciliares, nascentes de rios e reflorestamento.

O projeto de instalação dos biodigestores contou também com financiamento de R$ 60 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), órgão pertencente ao Governo Federal. Isso indica que o governo também está comprometido com projetos ambientalmente positivos.

Aquecimento global

Muitos especialistas consideram o aquecimento global um dos mais graves problemas a serem enfrentados pela humanidade nos próximos anos. Ainda há divergências a respeito da dimensão de seus impactos e de quanto tempo levará para que seus efeitos comecem a ameaçar as sociedades. Porém, algumas informações já são certas: o gelo dos pólos está derretendo mais do que deveria e as conseqüências para os homens tendem a ser terríveis.

Um estudo feito por especialistas da Universidade do Arizona e publicado recentemente na revista Science dá pistas sobre a dimensão desses efeitos. Segundo o estudo, o nível do mar em 2100 pode estar até quatro metros acima do de hoje.

O aquecimento global é causado pelo grande aumento das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera do planeta (metano, dióxido de carbono etc). Nos últimos cem anos, a emissão alcançou níveis nunca antes vistos graças a fatores como aumento da atividade industrial e uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão vegetal).

Segundo a Força-tarefa Internacional para Mudanças Climáticas, nós já estamos próximos de ultrapassar um nível considerado “seguro” de concentração de gás carbônico na atmosfera do planeta, em torno de 400 ppm (partes por milhão). Atualmente, o nível de concentração está próximo de 378 ppm e sobe 2 ppm a cada ano.

O efeito estufa só atingiu essas proporções no último século porque o estilo de vida da população mudou radicalmente em relação às épocas anteriores. Muitos de nossos hábitos comuns hoje contribuem em grande parte para o atual quadro: o uso de automóveis movidos à gasolina ou diesel; não observar se a empresa da qual adquirimos produtos está comprometida e age para minimizar impactos que geram o superaquecimento; e comer carne em excesso e gerar muito lixo (tanto o gado, por meio de seu processo digestivo, quanto o lixo, por causa de seu processo de decomposição, emitem metano). O exercício do consumo consciente, por meio da reflexão sobre as decisões cotidianas e da adoção de atitudes responsáveis, pode contribuir positivamente para alterar esse quadro.

Em relação ao uso do automóvel, alguns procedimentos básicos podem ajudar a controlar a poluição:

  • Mantenha seu veículo regulado de acordo com as especificações do fabricante. Isso reduz a poluição, prolonga a vida do motor e economiza combustível.

  • Observe o período de troca do(s) filtro(s) de ar. Filtro sujo aumenta o consumo de combustível e a poluição.

  • Evite transitar por vias congestionadas. O anda-pára do trânsito aumenta o consumo de combustível e a emissão de poluentes.

  • Procure utilizar meios de transporte coletivo.

  • Se o seu veículo utiliza diesel, mantenha o sistema de injeção de combustível regulado.

  • Quando parado no tráfego, não acelere seu veículo desnecessariamente.

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