A Unilever Brasil, durante evento de anúncio dos resultados de seu Plano de Sustentabilidade, em maio, convidou o Terceiro Setor, Governo e Indústria a discutir a construção de parcerias com a adoção de uma postura pró-ativa em relação à escassez de água.
A empresa assumiu o compromisso público de dobrar de tamanho, até 2020, ao mesmo tempo em que reduz pela metade seu impacto ambiental. Entre 2008 e 2014, período de mensuração dos resultados, a Unilever registrou redução de 36% no consumo de água e de 35% na emissão de gases efeito estufa. Parte destes resultados positivos vem do forte investimento na plataforma de concentrados, que traz benefícios em todo o ciclo de vida do produto.
Durante o evento, Fernando Fernandez, presidente da Unilever Brasil, se mostrou disposto a compartilhar a tecnologia de concentrados com a indústria e reforçou que este é o momento de se desenhar uma diretriz clara, e com tempo definido de execução, que promova produtos sustentáveis em grande escala. “Neste trabalho em conjunto, todos ganham. Ninguém pode estar contra um benefício que é para toda a sociedade”, afirmou.
Estima-se que, se todos os principais fabricantes do setor de limpeza adotassem um programa de redução de uso de água e melhores práticas ambientais, haveria uma economia mensal de mais de 3 milhões de litros, o equivalente ao consumo diário de 27 mil habitantes, de acordo com os dados de necessidade de consumo e higiene previstos no relatório de 2014 da ONU sobre água.
“Estamos dispostos a compartilhar tecnologia para que cada vez mais empresas possam entregar produtos mais sustentáveis. Nossa principal responsabilidade não é ser o primeiro, nem ser o melhor, mas mobilizar a indústria para que aconteça”, reforçou Fernandez.
Os convidados, Helio Mattar, Diretor-Presidente do Instituto Akatu, Édison Carlos, Presidente Executivo do Instituto Trata Brasil e Samuel Barrêto, Gerente Nacional de Água do The Nature Conservancy, fizeram coro à fala de Fernandez durante o painel de discussões no qual participaram. “Precisamos de mudanças de impacto. É emblemático a Unilever disponibilizar uma tecnologia que promova a mudança do mercado,” disse Mattar. Barrêto completa: “a Unilever tem papel de destaque nesta coalizão para gerar mudanças e alavancas para construir a segurança hídrica necessária”. Édison Carlos fez um apelo: “só a cooperação pode resolver esta crise, com o Governo Federal dando as linhas mestres”.
A convidada Regina Gualda, Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, trouxe para o evento os resultados do Primeiro Ciclo do Plano de Ação e Produção de Consumo Sustentável, documento que direciona as ações de Governo, do setor produtivo e da sociedade para padrões mais sustentáveis de produção e consumo. “Programamos para junho uma série de conversas com nossos parceiros para formatar as iniciativas que podemos fazer juntos para assegurar a sustentabilidade. Esperamos que estas normas estejam prontas em outubro e se iniciem no ano que vem, após consulta pública”, revela a secretária.
Outro ponto importante discutido durante o evento foi a importância da disponibilidade de informações para que o consumidor use o seu poder de escolha. “A transparência é chave para a sustentabilidade. Neste sentido, sugerimos que os produtos de consumo exibam a sua pegada hídrica, possibilitando ao consumidor uma escolha consciente”, defende Mattar, presidente do Akatu.
Fernando concorda com a ideia e reforça que a companhia quer liderar a campanha pelo uso racional da água pelos seus consumidores. “Acreditamos de fato que as indústrias devem oferecer produtos capazes de entregar o benefício da redução de água, como os concentrados, e o consumidor precisa de fato mudar o hábito”, diz o presidente da Unilever Brasil.
“Os quatro anos de implantação do Plano de Sustentabilidade da Unilever revelaram com clareza a grande contribuição para o meio ambiente e a sociedade que uma empresa pode fazer ao priorizar este tema nas suas ações e especialmente ao inseri-lo em suas estratégias. A fala do Presidente da Unilever Brasil, Fernando Fernandez, foi contundente quanto à importância do envolvimento de governos e instituições da sociedade civil, ao lado da Unilever e outras empresas, para juntos priorizarem mudanças em políticas públicas e práticas setoriais que acelerem a transição para modelos mais sustentáveis de produção e consumo”, diz Mattar.
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