Pagar imposto, combustível, estacionamento, seguro e outros custos de manutenção. Ter um carro pode ser prático, mas tem um custo alto, além do forte impacto no meio ambiente e, consequentemente, em nós mesmos. Por isso, na Semana da Mobilidade (16 a 22 de setembro), o Instituto Akatu propõe às pessoas que busquem dividir esses gastos e, consequentemente, reduzam os seus impactos negativos.
A prática de compartilhamento de carros ganhou impulso com tecnologias que viabilizam serviços nas cidades. Na era da Economia Colaborativa, o verbo não é mais “possuir”, mas “usufruir”. Esse tipo de serviço valoriza o compartilhamento de produtos, mais que o uso individual, expande ao máximo a capacidade de uso de um produto e atende às necessidades de mais pessoas. Valoriza o uso do produto e não a sua posse. Os consumidores se conscientizam sobre a real necessidade de comprar um veículo e podem passar a fazer essa escolha somente nos momentos necessários ou em uma determinada fase da vida.
Principalmente por causa da prevalência do transporte rodoviário em todo o país, o setor de transporte de passageiros e de cargas é responsável por uma grande fatia das emissões de gases de efeito estufa no Brasil (GEE), que são causadores do aquecimento global. De acordo com as medições mais recentes, as emissões associadas ao consumo de combustível representam 10% do total de emissões no País.
No balanço total das emissões do setor de transportes de passageiros, 77% saem dos escapamentos de carros e 23% vêm dos sistemas de transporte coletivo, principalmente ônibus. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota brasileira chegou a 90,9 milhões de veículos em janeiro de 2016, sendo que 51,3 milhões são automóveis.
A poluição atmosférica é outro impacto decorrente do uso de veículos automotores, que reflete negativamente na saúde das pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou em 2016 que 92% da população global vive atualmente em áreas onde os níveis de poluição do ar ultrapassam os limites mínimos estabelecidos pela entidade. A estimativa é que cerca de três milhões de mortes ao ano estejam ligadas à exposição à poluição externa do ar. O tempo gasto no trânsito também tem um impacto na qualidade de vida das pessoas: 48% dos paulistanos gastaram, em 2015, pelo menos 2 horas por dia em seus deslocamentos, segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo. Esse desgaste é prejudicial à saúde mental, física e emocional, e também à produtividade das pessoas.
Os benefícios do uso da bicicleta
As bicicletas também têm sido compartilhadas em diversas cidades brasileiras. Quem adere a essa forma de transporte e de serviço consegue vários benefícios: não emite gases de efeito estufa, não polui, por não usar combustível, não aumenta o trânsito da cidade e dilui com outros usuários o impacto da produção do veículo em si. Sem contar o benefício do exercício físico para a saúde de quem pedala!
Vale lembrar da importância de cuidar da segurança de quem pedala, já que o ciclista fica mais exposto a acidentes. É essencial que os ciclistas sejam respeitados pelos motoristas e, ao mesmo tempo, respeitem as regras de trânsito – usar equipamentos de segurança, como capacetes e iluminação, por exemplo, é fundamental.
Veja a seguir alguns serviços de compartilhamento de carros e bicicletas. Eles não foram testados pelo Instituto Akatu, estão citados abaixo apenas como exemplo de serviços da economia colaborativa.
Parpe
O que é: serviço que conecta pessoas que querem alugar carros ou oferecer carros para locação.
Pegcar
O que é: serviço que conecta pessoas que querem alugar carros ou oferecer carros para locação.
Vamo Fortaleza
O que é: sistemas de compartilhamento de carros elétricos.
Zazcar
O que é: aluguel de carros por hora.
E-moving
O que é: aluguel de bicicletas elétricas para pessoas físicas ou jurídicas.
Bike na porta
O que é: o cliente solicita a bicicleta para aluguel por dia, que é entregue e retirada no local definido.
Mobilicidade
O que é: sistema de aluguel de bicicletas presentes em 21 cidades em todas as regiões brasileiras. A liberação de bicicletas e o pagamento são feitos pelo celular. Estações de retirada estão espalhadas pelas cidades participantes.