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09.06.06 às 0:00

Coca-Cola aposta na volta da garrafa retornável de vidro

Há mais de um ano, a Coca-Cola do Brasil vem tentando reativar um velho hábito brasileiro: o consumo de refrigerantes vendidos em garrafas retornáveis de vidro. Esse tipo de vasilhame da coca-cola já pode ser encontrado no mercado em versões de 1 litro e de 200 ml, além das tradicionais garrafas de 290 ml, mais comercializadas em bares e lanchonetes. Essa foi uma aposta da empresa para alcançar os consumidores das classes C e D, já que o uso do vidro barateia muito o custo final da mercadoria. Além disso, o uso de garrafas retornáveis, na maioria das vezes, gera menor impacto ambiental. As garrafas PETs são feitas de resina, cuja principal matéria-prima é o petróleo, um recurso energético não renovável. Por isso os custos para sua fabricação estão freqüentemente vinculados à instabilidade dos preços desse produto. Além disso, dados de 2000 da ABEPET mostram que apenas 48% das garrafas PETs que chegam ao consumidor são recicladas, o resto acaba sendo depositado em lixões, rios, córregos, galerias pluviais, além de ocupar lugar nos aterros sanitários. Por isso mesmo, para o meio ambiente e para os fabricantes, o vidro compensa na maior parte das vezes. A estimativa da Coca-Cola é que […]
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Há mais de um ano, a Coca-Cola do Brasil vem tentando reativar um velho hábito brasileiro: o consumo de refrigerantes vendidos em garrafas retornáveis de vidro.

Esse tipo de vasilhame da coca-cola já pode ser encontrado no mercado em versões de 1 litro e de 200 ml, além das tradicionais garrafas de 290 ml, mais comercializadas em bares e lanchonetes. Essa foi uma aposta da empresa para alcançar os consumidores das classes C e D, já que o uso do vidro barateia muito o custo final da mercadoria. Além disso, o uso de garrafas retornáveis, na maioria das vezes, gera menor impacto ambiental.

As garrafas PETs são feitas de resina, cuja principal matéria-prima é o petróleo, um recurso energético não renovável. Por isso os custos para sua fabricação estão freqüentemente vinculados à instabilidade dos preços desse produto.

Além disso, dados de 2000 da ABEPET mostram que apenas 48% das garrafas PETs que chegam ao consumidor são recicladas, o resto acaba sendo depositado em lixões, rios, córregos, galerias pluviais, além de ocupar lugar nos aterros sanitários. Por isso mesmo, para o meio ambiente e para os fabricantes, o vidro compensa na maior parte das vezes. A estimativa da Coca-Cola é que os custos do vidro sejam um décimo menor do que com o de embalagens descartáveis.

Segundo o estudo da bióloga Andréa Rodrigues Fabi, da Unicamp, mesmo com a necessidade do transporte e da lavagem, os vasilhames retornáveis acabam gerando menos impacto ambiental quando dentro de um raio de 400 quilômetros. A emissão de CO2 e o consumo de energia para a reutilização das garrafas de vidro é menor do que o dispensado para a produção das garrafas PETs, se levada em consideração a distância apontada.

O estudo da pesquisadora levou em consideração a matéria-prima, a energia e o combustível consumidos na fabricação, transporte das embalagens e na coleta para distribuição final.

Assim, para grandes centros urbanos, onde as distâncias são menores devido à concentração de fábricas e estabelecimentos comerciais, o mais racional seria usar as embalagens retornáveis. Para regiões mais isoladas, onde o produto tem que viajar grandes distâncias para chegar ao seu destino final, a melhor opção seriam as garrafas plásticas.

Entretanto, os grandes varejistas ainda resistem em voltar às garrafas retornáveis, pois alegam que, para eles, o custo é maior, já que a grande necessidade de cuidado no manuseio e no transporte desses vasilhames acaba não trazendo vantagens financeiras para o setor.

A Coca-Cola é associada ao Instituto Akatu.

Com informações da Unicamp, do Ambiente Brasil, da Abepet, do site Recicláveis e da Coca-Cola do Brasil.

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