Um ciclo virtuoso formado por consumidores que apóiam empresas socialmente responsáveis e por empresas que, ao se sentirem valorizadas, investem cada vez mais na transparência e ética das suas relações, é a proposta do Instituto Akatu, organização não-governamental (ONG) criada no início do ano para fomentar ações de consumo consciente no país.
O conceito caminha de braços dados com o de desenvolvimento sustentado e aposta no princípio de que indivíduos, empresas, entidades sociais e governos devem se preocupar com todas as etapas do seu consumo – da fabricação dos produtos ao pós-consumo e a preservação dos recursos naturais.
Um dos passos para alcançar essa meta, segundo Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu é substituir a ótica vigente da defesa do consumidor pelo da aliança entre empresas e clientes.
“Defesa pressupõe ataque, oposição, erros”, diz o presidente do Akatu. Para ele, o fundamental no atual momento é que se construa uma relação contínua de acertos. “Essa é a única maneira de os consumidores empurrarem as empresas para um processo de mudança e exigirem que estabeleçam relações melhores em todos os níveis”, explica. Atualmente, o Akatu – palavra que significa em tupi “semente boa” ou “mundo melhor” – conta com uma rede de 60 empresas filiadas.
A idéia é que os consumidores brasileiros passem a levar em conta a dimensão social das empresas quando forem adquirir produtos ou serviços, a exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos onde os consumidores disseram “não” a empresas como Pizza Hut, que usavam mão-de-obra infantil, ou na França, onde foram boicotadas empresas como a Danone, que realizou demissões em massa.
Além da comunidade virtual de consumo consciente que pretende formar a partir de seu site – www.akatu.org.br -, o Akatu tem projetos educacionais, de desenvolvimento de comunidade e captação de recursos para ONGs.
Se você quiser seguir o Akatu no twitter, clique aqui
