No dia 1º de novembro, Brasil e Portugal voltaram a firmar termos de cooperação para desenvolvimento de um polo de produção de veículos verdes em Minas Gerais. Segundo o site português de notícias Público, os termos foram firmados entre os dois países durante a 12ª Cimeira Portugal-Brasil, conferência entre nações de língua portuguesa realizada em Brasília.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, deve viajar a Belo Horizonte (MG) ainda esta semana para o prosseguimento da negociação com o governo mineiro e a Cemig (Companhia Elétrica de Minas Gerais). Também haverá encontros com representantes do setor automotivo e do Parque Tecnológico Itaipu (do lado do Brasil) e do Ceiia (Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel, de Portugal), que desenvolve projetos semelhantes na Europa e deve ceder parte da tecnologia aos brasileiros.
O objetivo é criar um projeto-piloto, com construção de polo do carro elétrico em Belo Horizonte, ampliado para o Mercosul. Tudo isso, porém, depende de incentivos e propostas concretas. Há mais de um ano, o Ceiia e órgãos brasileiros tentam implementar a troca de protocolos e de tecnologias para o desenvolvimento de veículos elétricos e sua estrutura de apoio. A expectativa é de que agora o projeto avance.
Projetos de lei estão em pauta
O Senado também analisa há tempos duas propostas sobre veículos elétricos e híbridos. Os dois projetos de lei voltaram à pauta no final de outubro, segundo o portal UOL.
Um deles é o PLS 174, datado de 2014, que prevê isenção fiscal de veículos elétricos a bateria e híbridos com motor a etanol, fabricados no Brasil, por até 10 anos. Do mesmo ano é o PLC 65, que obriga a instalação de pontos de recarga para veículos elétricos em vias públicas e em ambientes residenciais e comerciais. Mas, nos dois casos, é imprescindível desenvolver tecnologia adequada. Este é justamente o objetivo da cooperação entre Brasil e Portugal, por meio de acordos com o Ceiia.
Consumo consciente
A ampla adoção de veículos movidos a eletricidade poderia ajudar a diminuir a emissão de gases de efeito estufa (que causam o aquecimento global) e a dependência de combustíveis não renováveis (como o petróleo) ou que colaboram para o desmatamento de vegetação nativa (como o álcool ou o biodiesel).
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