Desde o dia 8 de setembro, caminhões verdes passam semanalmente de porta em porta em 45 dos 96 distritos da cidade de São Paulo recolhendo lixo reciclável. Até 2004, a prefeitura espera que a coleta seletiva ocorra em toda a cidade. Quem recolhe esse lixo são as empresas que já fazem a coleta convencional. Para executar o novo serviço, elas receberão uma remuneração extra da prefeitura de cerca de R$ 500 mil mensais.
Numa cidade como São Paulo, onde são produzidas cerca de 15 mil toneladas de lixo por dia (o suficiente para encher seis vezes o estádio do Morumbi ao longo de um ano), a coleta seletiva é mais do que bem-vinda. Reciclar uma parte do lixo significa não destiná-la aos lixões e aterros que, nessa cidade, estão quase no limite de sua capacidade. É também uma maneira de economizar recursos naturais como água e energia, já que é muito menos dispendioso reciclar materiais do que fabricar outros novos.
O início da coleta seletiva pela prefeitura é uma ótima oportunidade para conscientizar e mobilizar a população sobre a necessidade de reciclar o lixo. No entanto, a coleta está sendo propositalmente pouco divulgada. Segundo a prefeitura, a proposta é que a divulgação seja feita com os caminhões na rua. Espera-se, pelo menos, que os paulistanos tenham a chance de entender por que e como podem contribuir para diminuir o grave problema do lixo na cidade, em vez de separar garrafas, latas e papel em casa apenas pelo fato de o caminhão passar à sua porta.
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