Comentário Akatu: a economia colaborativa é uma tendência que cada vez mais presente na vida das pessoas, principalmente em cidades grandes. E o compartilhamento de carros, citado na reportagem abaixo, é um bom exemplo disso. Ao compartilharmos um produto, expandimos ao máximo o seu uso, aproveitando o que está ocioso, atendendo a necessidade de mais pessoas e até mesmo gerando alguma renda (como é o caso do exemplo da matéria abaixo), além de evitarmos a extração de recursos naturais para a produção de novos produtos, visto que a necessidade muitas vezes não implica na posse do bem, mas apenas na possibilidade de seu uso.
Usar o carro só o tempo que se precisa. Esta é a lógica por trás dos serviços de compartilhamento, cada vez mais adotados nas grandes cidades. O uso racional do carro ajuda a reduzir tráfego e também a poluição, diz a reportagem do dia 16 de novembro, do jornal SPTV 1ª edição, da TV Globo.
A matéria faz parte de uma série sobre economia colaborativa que mostra o transporte como sendo o serviço com mais pessoas e empresas conectadas em uma imensa rede de troca. Pegar um carro, por exemplo, e usar só pelo tempo necessário pode ser um bom negócio. Na capital paulista, a medida ajuda também a cidade a andar melhor e a poluir menos.
A equipe televisiva acompanhou pessoas que passaram a por seus veículos à disposição de outros usuários. Segundo Conrado Ramires, co-fundador do aplicativo PegCar, as ferramentas hoje disponíveis representam “um meio simples, menos burocrático, de compartilhar o veículo, pois o contato é direto de quem aluga e quem deseja usar o carro por um tempo específico”.
Já os proprietários veem, entre as vantagens, a otimização dos custos do veículo – já que manter um carro ficou muito caro – e também por ser um modo a mais de ganhar um dinheiro extra em tempos de crise.
Outro serviço que cresce em adesão é o da carona compartilhada. A bancária Caroline Martinez Cândido, por exemplo, diz que conheceu o programa há uns quatro meses: “Praticamente todo dia tem alguém que busca carona”, conta. Além de ter companhia, ela divide os custos no seu trajeto diário de 100 km para ir, 100 km para voltar, com seis pedágios. Com a carona, Caroline diz economizar cerca de 60% do que gastaria. “Todo mundo ganha nessa história”, elogia.
Segundo o coordenador do Movimento Cidade Colaborativa, Flávio Azevedo, é difícil até saber o número das viagens compartilhadas realizadas hoje, pois estas crescem o tempo todo. “Além dos serviços de carona e compartilhamento de carro, há ainda os de bicicleta compartilhada e serviços de monitoramento do transporte público. Ou seja, hoje se está compartilhando não apenas o veículo, mas o funcionamento todo do sistema de transporte”, analisa.
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