A maioria das pessoas aqui na COP-21, em Paris, estão buscando manter a esperança viva e trabalhando por um acordo forte e vinculante, ao menos nas questões principais que ajudem fortemente nessa direção. Acredito ser mais realista trabalharmos e nos satisfazermos com vitórias mais gerais, como “ficar abaixo de 1,5° Celsius”, mesmo que não se saiba como, e com “diferenciação em relação à mitigação e finanças para os países em desenvolvimento”.
Mas, mais que isso, o que é realmente necessário é que nós, da sociedade civil, das empresas, da Academia, dos governos subnacionais, dos governos locais, continuemos a construir e a implementar juntos soluções que levem à emissão zero em 15 anos.
Esta é uma visão realista de esperança, a de uma sociedade civil forte e integrada, e que se mobiliza para criar soluções a cada dia, todos os dias. Com isso, cria o seu próprio futuro em cada ação posta em prática, sabendo que o custo da inação é muito maior do que o custo da ação.
Será muito bom se houver um acordo que estabeleça claramente a direção e forneça os instrumentos necessários a progredirmos mais rapidamente, mas, independente disso, a “emissão zero em 15 anos”, com envolvimento de uma grande parte dos agentes sociais mobilizados nessa direção, é a esperança.
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