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27.08.19 às 8:00

Dia da Limpeza Urbana: faça a sua parte!

Todo consumidor pode colaborar para deixar nossos municípios mais limpos. Confira seis dicas de hábitos simples que podem ser incorporados na sua rotina.

O município onde você mora é limpo? Ele tem um bom sistema de coleta de lixo? E programas de reciclagem? Essas questões, que deveriam fazer parte de nossa rotina, aparecem com mais destaque hoje, no Dia da Limpeza Urbana.

O Brasil ainda está longe de ter cidades 100% limpas. Em 2017, foram geradas 214 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia no país – e apenas 60% delas foram destinadas a aterros sanitários, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

A entidade diz ainda que cada brasileiro produziu naquele ano 1,035 kg por dia. O que é muito! Para você ter uma ideia, se o lixo urbano descartado no Brasil em um dia fosse espalhado pela largura de uma estrada que percorre todo o litoral brasileiro (7,4 mil quilômetros de extensão e 3,6 metros de largura), teríamos um “tapete de resíduos” com 3,5 centímetros de altura! Em um mês, seria formado um muro de lixo de pouco mais de 1 metro de altura. Em um ano, o acesso às praias seria bloqueado por uma enorme muralha de quase 13 metros de altura.

Mas há cidades brasileiras que têm avançado em seus sistemas de limpeza. Uma delas é Caxias do Sul (RS), que ficou em primeiro lugar no Índice de Sustentabilidade Urbana (ISLU), que mede a adesão dos municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Em sua terceira edição, o estudo levou em consideração quatro critérios: engajamento da população, sustentabilidade financeira, recuperação dos resíduos coletados e impacto ambiental. Também estão entre as melhores do ranking Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP) e Santo André (SP). No total, foram avaliadas 3.374 cidades.

Nós, consumidores, podemos colaborar com a limpeza da nossa cidade a partir da adoção de hábitos simples. Confira seis dicas preciosas que elaboramos pra você:

1. Evite a geração de resíduos. Antes de tudo, é preciso privilegiar a não geração de resíduos, ou seja, opte por outros destinos para um objeto antes de descartá-lo. Vender peças em bom estado em mercados de segunda mão, reutilizar itens para novos fins e investir em consertos e reparos são algumas alternativas a serem levadas em conta.

2. Separe seu resíduo para envio para reciclagem. A reciclagem só é viabilizada se todos os atores envolvidos na cadeia contribuírem. Como consumidores, devemos separar os resíduos orgânicos dos recicláveis. Esse é um hábito que não demanda sequer deslocamento: pode ser executado dentro de nossa própria casa ou trabalho, é só manter dois recipientes livres.

3. Seja cuidadoso com a embalagem ao descartar seu resíduo. Resíduos mal embalados podem perfurar ou rasgar as sacolas e se dissiparem, oferecendo risco de contaminação para as pessoas e meio ambiente. Com o fluxo das águas da chuva, esses resíduos podem acabar em bueiros, córregos e ocasionar enchentes e proliferação de doenças.

4. Não descarte móveis e entulhos em locais inadequados. Móveis, eletrodomésticos e resíduos da construção civil exigem um descarte mais cuidadoso devido ao peso e dimensão. Se deixados em locais inapropriados, podem contribuir para a proliferação de pragas e, com as chuvas, acabam em bueiros, córregos e ocasionam enchentes. Solicite a retirada desse tipo de resíduo pela prefeitura ou leve até Pontos de Entrega Voluntária (PEV).

5. Fique atento aos dias e horários de coleta de resíduos. Contribua para que o serviço de limpeza pública seja mais eficaz. Por isso, informe-se sobre os dias e horários em que de coleta de resíduos ocorre, buscando mantê-los nas ruas menos tempo possível. Assim, evita-se o acúmulo de resíduos nas ruas e calçadas e se reduz o risco de proliferação de pragas.

6. Higienize as embalagens antes de enviá-las para a reciclagem. Para aumentar as chances de um resíduo ser reciclado, limpe-o. Antes de enviar embalagens ou qualquer outro item retire a sujeira mais grosseira, ainda que superficialmente. Como eles passam por um longo processo do local de geração à finalização, restos de alimentos ou matéria orgânica podem proliferar fungos e bactérias, deixando-os inaptos para a reciclagem e colocando em risco a saúde de quem vai manuseá-los.

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