Em 2010, o Brasil reciclou 311.554 toneladas de pneus – algo em torno de 62 milhões de unidades de carros de passeio – dos 67,3 milhões de toneladas de todos os tipos e tamanhos produzidos no mesmo período. Os dados são da Reciclanip, entidade responsável pela coleta e destinação ambientalmente correta de pneus, ligada à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).
Vale lembrar que a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada pelo ex-presidente Lula da Silva em dezembro de 2010, dispensa especial atenção à logística reversa. Ou seja, obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores de pneus, entre outros materiais, a recolherem e dar destinação correta a seus produtos após o descarte pelo consumidor final.
Para descartar seu pneu usado, clique aqui e consulte a lista dos 620 pontos de coleta de pneus espalhados pelo país.
“Representamos 70% do mercado de reposições, contra 30% de importados”, diz César Saccio, gerente geral da Reciclanip, que já conta com 620 pontos de coleta em todo o Brasil. Segundo ele, a previsão de investimento no setor para 2011 é de US$ 41 milhões, o que significa um aumento de 20% em relação à verba investida em 2010, que foi de US$ 33 milhões.
Quando descartado de forma incorreta, os pneus representam uma grave ameaça ao meio ambiente, já que demoram, em média, 600 anos para se decompor na natureza. Por isso, eles se acumulam em aterros sanitários, vias públicas, rios e lagos e obstruem galerias e bueiros, além de facilitar a proliferação de insetos.
Por outro lado, quando é dada destinação correta ao material, eles têm sua vida prolongada e são reaproveitados em diversos setores de atividade, já que composto basicamente de borracha sintética e aço, o pneu é um produto 100% reciclável. Eles podem ser reaproveitados em projetos de projetos de paisagismo e como fonte de energia para diversas indústrias, como a de cimento e de papel e celulose.
Segundo a Reciclanip, 64% do volume anual de pneus descartados seguem para as caldeiras das indústrias de cimento e de papel e celulose e os outros 36% são transformados em concreto ecológico, asfalto permeável, capachos para carro, sola de calçados e até mesmo em artefatos para paisagismo.
Se você quiser seguir o Akatu no twitter, clique aqui.