Hoje, todo setor pode adotar processos de produção e comercialização mais limpos sob o ponto de vista social, ambiental e econômico. Isso quer dizer que os processos podem interagir de forma harmônica com a sociedade, causar impactos mínimos ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, gerar lucros. O que se vê no mercado atual, em decorrência disso, é uma crescente demanda por materiais e projetos sustentáveis.
Foi pensando assim que o designer industrial Wiliam Comim fundou a Mateco – Biblioteca de Materiais Sustentáveis, onde hoje ocupa o cargo de diretor comercial. “Percebi que havia um desencontro entre os produtores desses materiais e a indústria a qual se destinam. A Mateco é uma ponte entre esses dois setores”, explica o executivo.
A empresa pesquisa e disponibiliza um banco de dados online para auxiliar estudantes e profissionais de arquitetura, comunicação visual, design, moda, entre outras áreas no desenvolvimento e uso de materiais e projetos sustentáveis. Além disso, a Mateco ministra palestras sobre criação e uso de produtos sustentáveis.
“Durante este nosso um ano de existência, nossa demanda sempre foi crescente e estamos atendendo entre quatro a cinco novos clientes por dia”, revela Comin.
O catálogo da empresa lista diversas opções de produtos como placas de tapume, revestimentos, telhas, divisórias, pisos para áreas internas e externas, placas informativas e tecidos, oferecendo alternativas mais sustentáveis para diversos mercados. Garrafas de politereflalato de etileno, o popular PET, plástico, tubos de creme dentário, sobras de madeira estão entre as principais fontes de matéria prima. Além disso, processos de produção limpos, como plantação de algodão orgânico e uso de madeira certificada estão entre os critérios considerados.
Comin garante que todos os materiais da empresa são renováveis, com baixo consumo de energia e alta porcentagem de reciclados, com zero ou baixa emissões de poluentes, e são orgânicos. A indústria de construção civil é a que mais demanda esses materiais, alavancado pela enorme busca do conceito de ecoeficiência no setor.
Veja alguns exemplos:
Banco revestido com chapa confeccionada a partir da reciclagem de embalagens longa vida.
Revestimento fabricado a partir de aparas de tubos de creme dental.
Tecido ecológico em tear manual produzido a partir de fibras naturais (bananeira, piaçava, olicuri, carnaúba e milho), além de sacolinhas plásticas descartáveis.
Madeira plástica – banco e deck confeccionados a partir de plásticos reciclados e fibras vegetais como serragem, sisal e bambu.
Pastilha para revestimento fabricado a partir de resíduos de coco provenientes da agroindústria.
Divisória fabricada com a partir da reciclagem de embalagens longa vida.
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