No dia 24 de abril de 2013 uma tragédia marcou o mundo da moda. O desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, que abrigava confecções têxteis, matou mais de mil funcionários e deixou mais de 2500 gravemente feridos.
O desastre fez com que as pessoas olhassem com mais cuidado ao modelo ?fast fashion e às pessoas que estão por trás das roupas que compramos e vestimos todos os dias. Quais as condições de trabalho oferecidas para esses funcionários? São condições dignas? Foi nesse contexto que surgiu o Fashion Revolution. Um movimento global presente em mais de 90 países, que questiona e discute os impactos da indústria da moda na vida das pessoas e luta por transformações no mercado fashion.
A semana Fashion Revolution no Brasil acontecerá entre os dias 23 e 29 de abril em diversas cidades. A programação conta com debates e mesas redondas sobre diversos assuntos, como a questão do trabalho escravo na moda?, a representatividade da ?força de trabalho feminino e a transparência na indústria da moda?. Para a discussão deste último tema, será realizada a mesa ?“Vamos falar sobre transparência: Índice de Transparência da Moda no Brasil”?, com o objetivo de conscientizar sobre a crescente importância de práticas mais transparentes no mercado da moda, e apresentar o projeto brasileiro do Índice, que será lançado oficialmente em outubro deste ano. A entrada ao evento é gratuita.
O Fashion Revolution nos leva a refletir sobre “quem fez minhas roupas?”. E essa pergunta é essencial antes de uma nova compra; não apenas quem fez, mas como fez, com quais impactos, em qual cadeia produtiva. A prática do consumo consciente engloba uma análise sobre a origem e os impactos do que se vai consumir. Sabemos que toda roupa impacta o meio ambiente e as pessoas que a produziram e está em nossas mãos escolher marcas que impactem da melhor forma.
Antes de fazer a compra, pense se há alternativas a ela como alugar, fazer uma troca com alguém, pegar um item emprestado ou reformar algo que você já tem. Caso a resposta para essas opções seja não, compre de forma responsável e visando o melhor impacto. É importante levar em consideração critérios como a qualidade, a durabilidade e a segurança do produto, além do seu preço. Não se deixe levar por modismos, prefira peças de qualidade que são mais duráveis e que serão úteis por mais tempo. Assim, também levará mais tempo para que uma nova compra venha a ser necessária.