A França terá, em breve, mil quilômetros de estradas geradoras de energia solar. O projeto é uma parceria entre a Colas, empresa de infraestrutura para o transporte, e o INES (Instituto Nacional Francês para Energia Solar). A notícia foi divulgada pelo site Ciclovivo.
A tecnologia desenvolvida é muito mais simples do que as utilizadas em pavimentos solares feitos com placas de vidro. Batizado de Wattway, o produto lembra um tapete, que cobre os pavimentos já existentes, mantendo as características necessárias para o tráfego seguro de carros.
De acordo com o site do INES, o Wattway tem somente sete milímetros de altura e sua instalação não precisa de adequações ou reformas nas pistas já existentes. Esta é simplesmente uma cobertura de pavimento que gera energia limpa.
Com apenas 20 metros quadrados, é possível gerar energia suficiente para abastecer uma casa. Já um quilômetro de ruas equipadas com a tecnologia é capaz de produzir eletricidade suficiente para abastecer toda a iluminação pública de uma cidade com cinco mil habitantes, de acordo com a reportagem do site Ciclovivo.
O novo projeto resolve dois problemas de uma só vez: a falta de espaço e o impacto ambiental das energias não renováveis. As estradas são ótimas opções para receber a instalação de sistemas fotovoltaicos por receberem constantemente os raios diretos do sol, já que elas estão espalhadas por todas as regiões e são ocupadas durante apenas 10% do tempo, sem que seja preciso construir espaços exclusivos pra isso.
As primeiras instalações devem ser feitas ainda neste semestre. A expectativa é de que, em cinco anos, mil quilômetros de estradas francesas já estejam gerando energia renovável através do Wattway.
A energia solar é renovável, além de considerada limpa, pois não polui e nem emite gases de efeito estufa, os grandes causadores do aquecimento global e das Mudanças Climáticas no mundo. Por isso, iniciativas como essa devem ser valorizadas pelos consumidores. Consumir energia de forma consciente é optar por fontes mais sustentáveis já existentes, demandar do mercado soluções de qualidade e em quantidade adequadas e prestigiar políticas públicas que facilitem a viabilidade de aplicação dessas alternativas em larga escala.
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