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25.09.14 às 0:00

Indústrias líderes globais de alimentos e bebidas pretendem restringir o marketing infantil

                          Crédito: Creative commons/Alec Couros   A World Federation of Advertisers (Federação Mundial de Anunciantes) divulgou, no dia 22, que os CEOs das empresas líderes globais nas vendas de alimentos e bebidas não-alcoólicas e membros da International Food & Beverage Alliance (IFBA – Aliança Internacional de Alimentos & Bebidas), estão assumindo uma série de compromissos globais voltados para o marketing infantil. A instituição enviou a Margaret Chan, diretora da Organização Mundial de Saúde, uma carta com a descrição de um pacote de medidas que serão adotadas nos próximos anos. Entre as ações estão um compromisso de reformulação de produtos e inovação, bem como uma abordagem global comum focada na publicação de informações nutricionais nas embalagens, em pontos de venda e em outros canais até o final de 2016. Também inclui a expansão das políticas globais de marketing da IFBA, em vigor desde 2009, que especificam que seus membros só podem anunciar produtos que atendam ao critério “better for you” (“melhor para você”) ou evitar o marketing de todos os produtos para crianças menores de 12 anos de idade. A política abrange TV, mídia impressa, escolas, internet e sites […]
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Crédito: Creative commons/Alec Couros

 

A World Federation of Advertisers (Federação Mundial de Anunciantes) divulgou, no dia 22, que os CEOs das empresas líderes globais nas vendas de alimentos e bebidas não-alcoólicas e membros da International Food & Beverage Alliance (IFBA – Aliança Internacional de Alimentos & Bebidas), estão assumindo uma série de compromissos globais voltados para o marketing infantil.

A instituição enviou a Margaret Chan, diretora da Organização Mundial de Saúde, uma carta com a descrição de um pacote de medidas que serão adotadas nos próximos anos. Entre as ações estão um compromisso de reformulação de produtos e inovação, bem como uma abordagem global comum focada na publicação de informações nutricionais nas embalagens, em pontos de venda e em outros canais até o final de 2016.

Também inclui a expansão das políticas globais de marketing da IFBA, em vigor desde 2009, que especificam que seus membros só podem anunciar produtos que atendam ao critério “better for you” (“melhor para você”) ou evitar o marketing de todos os produtos para crianças menores de 12 anos de idade. A política abrange TV, mídia impressa, escolas, internet e sites das empresas.

A nova política, utilizada em 2014, abarca três pontos principais. O primeiro abrangerá praticamente todas as mídias, incluindo  rádio, cinema, marketing direto, mobile,SMS, jogos interativos, DVD / CD-ROM e product placement.

O segundo garantirá que certas técnicas de marketing (como personagens licenciados, personagens de filmes e celebridades) só serão utilizadas para crianças menores de 12 anos, desde que sejam respeitados os critérios “better for you”.

Finalmente, as empresas que fazem parte da IFBA deverão estabelecer padrões nutricionais comuns para determinar quais são os parâmetros de qualidade considerados “better for you”, como algumas já fizeram em vários países, como Estados Unidos, Cingapura e também na União Europeia.

Enrtre as companhias associadas da IFBA, há um grupo com onze nomes fortes, composto por  McDonald’s, Coca-Cola, Nestlé, Mondelez e Unilever (apoiadoras do Instituto Akatu) e também Ferrero, Grupo Bimbo e General Mills, PepsiCo e Mars. “As maiores companhias de alimento e bebida têm controles estritos sobre como se comunicam com públicos mais jovens. Este reforço das políticas globais da IFBA demonstra até que ponto os membros da instituição estão levando seriamente suas responsabilidades em relação ao marketing para crianças”, disse Stephan Loerke, diretor da World Federation of Advertisers. Os novos padrões de marketing infantil passarão a constituir o critério mínimo global para todas as empresas associadas à IFBA. Já é possível fazer o download do documento atualizado da entidade aqui.

 

Leia mais:

Um novo paradigma do marketing: a oferta consciente

Caderno “Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade”

 

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