Apesar de parecer contraditório que empresas recomendem que seus consumidores parem de comprar, a varejista sueca Ikea e a grife patagônia indicam essa prática e, mesmo assim, ainda saem ganhando.
Para explicar essa ideia, a revista Istoé Dinheiro publicada em 4 de fevereiro procurou o Instituto Akatu. Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu, concedeu a entrevista e disse que não existe nenhuma contradição nessa estratégia, pois essas empresas vão continuar crescendo. “Apenas perceberam que não vão ganhar tanto assim pressionando o cliente a comprar quando este já atingiu a suficiência”. Ele cita os dados de uma pesquisa realizada em 2006 pelo Akatu, em parceria com o Worldwatch Institute, de Washington, segundo a qual 16% da população mundial concentrava 78% do consumo. “Estamos falando de 1,1 bilhão de pessoas vivendo com muito mais do que necessitam, enquanto 5,9 bilhões têm de menos.”
Segundo a Ikea, maior fabricante de móveis do mundo, com 328 lojas, 147 mil funcionários e receita anual de US$ 31,5 bilhões, a oportunidade de crescimento está em atingir as pessoas que ainda não têm recursos financeiros, entre outros, para comprar. O raciocínio é de que não faz sentido forçar o consumo em países ricos, tanto do ponto de vista ético como do ponto de vista dos negócios.
Outro exemplo vem da fabricante americana de artigos esportivos Patagônia que, em 2011, pediu que clientes não comprassem uma jaqueta e fazia alertas sobre as consequências do consumo excessivo no planeta. Além disso, a empresa ainda introduziu um serviço de pequenos reparos, convidando seus consumidores a reformar uma peça antiga, em vez de comprar uma nova.
Para ler a reportagem completa, acesse a revista Istoé Dinheiro.