Quem tem filho sabe: roupas, acessórios e outros artigos usados por bebês ou crianças geralmente têm um tempo de vida curto, já que a velocidade de crescimento dos pequenos é acelerada. Um jeito de aumentar o tempo de uso desses objetos e ainda economizar dinheiro é recorrer às lojas virtuais especializadas na venda de produtos infantis usados.
Carrinhos, cadeirinhas, brinquedos e roupas são os tipos de produto mais procurados no Mercadinho Kids. Inaugurado há quatro meses, o site que funciona como uma grande vitrine de produtos usados para uso de bebês e de crianças já proporcionou a venda de centenas de artigos. “As mães acham que os produtos infantis são poucos usados, desperdiçados e amados. Elas vêem no site uma forma de dar um novo destino para essas peças seminovas”, disse Daniela Simão, criadora do Mercadinho Kids.
Qualquer pessoa que quiser vender seus produtos no Mercadinho Kids pode anunciá-los gratuitamente. Daniela explica que, para pagar os custos de manutenção do site, o Mercadinho fica com 12% sobre o valor dos produtos que forem vendidos. O site já conta com mil cadastrados.
O Instituto Akatu é parceiro do Mercadinho Kids, que adotou os conceitos, dicas e conteúdo de consumo consciente no seu negócio. Vender e comprar um produto usado são atitudes que diminuem os impactos causados ao meio ambiente, já que estão sendo economizados recursos na fabricação de um novo produto. E, quando um produto usado é vendido, os pais conseguem reverter parte do dinheiro gasto na compra em outras necessidades do filho. E, quem compra um produto usado, consegue pagar um preço mais baixo do seria pago no novo.
Artigos doados por parceiros e blogueiros ao Mercadinho são exibidos no álbum Mercadinho do Bem, que irá destinar a verba arrecadada aos projetos do Instituto Akatu. “Acreditamos em uma mudança de cultura, um novo jeito de consumir”, disse Daniela.
Na mesma linha do Mercadinho Kids, o site Ficou Pequeno já proporcionou a venda de 30 mil produtos infantis usados. Quando foi inaugurado, em 2013, oferecia apenas algumas roupas da sobrinha do fundador do site, Alexandre Fischer. “Na primeira semana já havia mais de 20 lojinhas e em um mês eram mais de 100”, conta. “Percebi que o site estava se tornando uma grande comunidade de mães, que além de mandar os produtos vendidos, enviavam um bilhetinho carinho, um brinde ou mimo. Por isso, apelidamos de ‘comércio afetivo’.”
Atualmente, estão ativas no Ficou Pequeno 1500 lojinhas, com 30 mil produtos disponíveis para venda. Quando um produto é vendido no site, é cobrada uma comissão de 20% sobre o valor. Segundo Fischer, roupas e sapatos são os campeões de venda. Mas bombas de leite, sligs, cangurus, cadeiras de alimentação e carrinhos também são vendidos rapidamente. Para o criador do Ficou Pequeno, “desapegar” está na moda. “Aos poucos está caindo o preconceito pela compra e venda de usados. Mas ainda há muito trabalho a ser feito”, disse.
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