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10.05.18 às 14:07

Mutirões de limpeza em praias chamam atenção para o problema dos resíduos nos oceanos

As ações – que tiveram o apoio da ONU Meio Ambiente e patrocínio da Unilever – ocorreram em praias do Rio de Janeiro e de Pernambuco
Ação em Niterói (RJ). Crédito: Athila Bertoncini_WWF-Brasil

A WWF-Brasil organizou quatro mutirões, com a participação de centenas de voluntários, para a limpeza de praias do Rio de Janeiro e de Pernambuco, nos meses de março e abril deste ano. As ações fazem parte do projeto Oceano sem Plástico, e tiveram parceria com instituições locais, o apoio da campanha Mares Limpos (ONU Meio Ambiente) e o patrocínio de OMO (Unilever).

Nas quatro ações, foi recolhida uma tonelada e meia de resíduos nas seguintes praias:

– Copacabana (RJ) – 03/03: em parceria com o Instituto Mar Adentro, houve a participação de 400 voluntários e a retirada de 135 kg de resíduos.

– Fernando de Noronha (PE) – 24/03: durante as comemorações da Hora do Planeta, com a presença de 80 pessoas e retirada de 820 kg de resíduos.

– Recife (PE) – 14/03: em parceria com Mamíferos Aquáticos, foram 400 pessoas e 195,6 kg de resíduos recolhidos.

– Niterói (RJ) – 22/04: em comemoração ao Dia da Terra, foram retirados 386 kg com a ajuda de 150 voluntários.

No evento em Niterói, também foram recolhidos 92 kg de vidro, 72 kg de papelão/papel, 16 kg de sucata, 2 kg de alumínio, 42,96 kg de garrafas pet e 44,98 kg de rejeitos, ou seja, materiais que não podem ser reciclados. O material seguiu para a triagem de uma cooperativa local e depois vai se transformar em embalagens especiais de OMO, por meio do compromisso da Unilever, em seu Plano de Sustentabilidade, de ter 100% de suas embalagens de plástico reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025.

Oceanos sem plásticos

“O objetivo dessas ações não é limpar nossos mares, mas sim mostrar pras pessoas a importância de mantê-los limpos. A gente aprende quando é criança que lugar de lixo é no lixo, mas nem sempre agimos assim. O problema é que o plástico acaba indo para os nossos oceanos e ameaça não apenas a vida marinha, como a nossa própria”, disse Gabriela Yamaguchi, diretora de comunicação e engajamento do WWF-Brasil.

Estimativa do Fórum Econômico Mundial prevê que, até 2050, haverá mais plástico que peixes nos oceanos. São 8 milhões de toneladas despejadas nos oceanos por ano, habitat de 230 mil espécies. Prejudicar esse ecossistema é comprometer o nosso próprio bem-estar. Os oceanos funcionam como um verdadeiro pulmão da Terra, produzindo metade do oxigênio do mundo. Também servem como uma “esponja” de calor, que é distribuído pela Terra por suas correntes marítimas, influenciando todo o clima do planeta.

Por isso, é importante que governos, empresas e população estejam empenhados em diminuir o volume de lixo que é gerado, além de fazer a reciclagem desse material. Do ponto de vista do consumidor, refletir antes de fazer uma compra é o primeiro passo para evitar que algo seja consumido sem necessidade e acabe sendo descartado rapidamente. Pergunte a si mesmo: eu preciso disso ou estou agindo por impulso? E se você pensa em descartar um objeto de plástico, veja se é possível doá-lo, trocá-lo, revendê-lo ou até mesmo transformá-lo em outro produto. Busque sempre estender a vida útil desse objeto ao máximo, fazendo valer os recursos naturais e humanos que foram consumidos em sua produção. E se todas essas alternativas foram excluídas, faça a destinação correta desse material plástico para a reciclagem.

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