Você tem costume de consertar os seus calçados para que eles durem mais? Trocar o salto, colar um buraco e arrumar “machucados” dos seus sapatos pode ser uma boa ideia, não só para o seu bolso, como para “diluir” o impacto ambiental e social da cadeia produtiva desse produto. Afinal, quanto mais tempo você usar um calçado, melhor estará aproveitando os recursos naturais e humanos que foram utilizados.
Assim como os sapateiros, o Hospital do Tênis faz consertos em calçados, mas é especializado nos modelos esportivos. A empresa foi criada há vinte anos em São Paulo. “Foi uma questão de portunidade na época. Era evidente que muitas pessoas ainda queriam conservar peças antigas, de família. Além disso, muitos jovens pagam caro por produtos da moda que não duram muito tempo. Em poucos meses, eles já precisam de algum reparo”, conta Vinicius Pelin, que administra a empresa.
Na hora de consertar uma peça do seu guarda-roupa é preciso estar ciente de que nem sempre o conserto manterá o modelo original. “Tem muita gente que traz o tênis e nós avisamos que não temos algumas peças originais, mas que faremos o nosso melhor. Alguns clientes topam o reparo nessas condições, porque deixam a questão estética de lado e estão mais preocupados em conservar o produto e manter o uso dele por mais tempo”, diz Pelin. “Por outro lado, nosso público mais antigo costuma consertar aquelas peças que têm valor afetivo, que são mais difíceis de descartar. Eles priorizam a durabilidade e o conforto do sapato e não a estética”, completa. O valor dos reparos depende da peça, da mão de obra e do material.