Comentário Akatu: O aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera é uma das principais responsáveis pelo crescente aquecimento global, sinalizando a relação de interdependência ao longo da história entre a ação humana e o impacto sobre os ecossistemas e o comportamento climático. Não é somente a poluição industrial que gera esse tipo de alteração climática: desmatamento, exploração pecuária em larga escala, utilização de meios de transportes movidos a combustíveis fósseis e energias geradas de forma poluente também entram nessa lista. Se os consumidores são parte da origem do problema, também são parte de sua solução. Por meio de mudanças em suas práticas cotidianas, os consumidores se percebem como cidadãos e se empoderam, forçando as empresas a produzirem de forma mais limpa. Este novo comportamento e esta nova consciência são primordiais para reduzir o aquecimento global e suas consequências ruins ao clima do planeta.
A Nasa postou vídeo, em seu canal no You Tube, que resume, em apenas 52 segundos, o que aconteceu com a temperatura do planeta entre 1880 e 2012. Não, você não entendeu errado. As manchas azuis correspondem às regiões do planeta que apresentaram temperaturas abaixo da média global durante os 132 anos analisados pela Agência, enquanto as manchas que vão do amarelo ao vermelho representam as regiões com temperaturas acima da média. Sentiu o drama?
Não precisa ser nenhum grande entendedor do assunto para perceber que as manchas vermelhas – ou seja, o aquecimento global – vão ficando cada vez mais frequentes após a década de 70, quando teve início a terceira Revolução Industrial, e chegam a um nível – por que não dizer? – assustador a partir de 2000. Não é à toa que a primeira década do século XXI foi a mais quente da história, desde o início das medições modernas da temperatura do planeta, em 1850.
Não por acaso, os níveis de dióxido de carbono (CO2) também cresceram muito desde 1880, mostrando que têm relação direta com o aumento da temperatura. Há 130 anos, a concentração de CO2 na atmosfera era de 285 partes por milhão (ppm), enquanto que, em 2013, o índice ultrapassou 400 ppm, colocando o planeta em uma “zona de perigo”, segundo a ONU.
Isso porque previsões do mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em 2007, apontam que, para termos 50% de chances de que o aumento da temperatura não ultrapasse o limite de 2ºC – acordado na COP15 e considerado seguro pelos cientistas – até 2050, a concentração de CO2 na atmosfera não pode passar de 450 ppm.
O problema é que, no ritmo atual, a concentração de CO2 na atmosfera cresce cerca de 3 ppm por ano. Ou seja, se continuarmos assim, chegaremos aos 450 ppm antes de 2030.
Clique aqui para ler a notícia original publicada pelo Planeta Sustentável.
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