A feira de produtos orgânicos continuará no Centro Esportivo do Modelódromo, na região do Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. A notícia foi divulgada no portal da Prefeitura de São Paulo no último dia 30 de agosto.
A feira – que já existe há quase dois anos e reúne cerca de 30 barracas de associações e grupos de produtores rurais – teve suas atividades interrompidas em maio deste ano, por uma exigência da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, gestora do espaço. O problema é que a legislação determinava que os centros como o Modelódromo fossem destinados estritamente à prática de esportes e lazer de alunos e moradores da região. Os feirantes de orgânicos, como forma de protesto, montaram suas barracas ao lado do próprio Modelódromo, na rua, onde seus clientes costumavam frequentar. Também coletaram assinaturas pela causa.
Com todas essas mobilizações, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no dia 22 de agosto, publicou o decreto 55.434, que permitiu a instalação de feiras orgânicas e as feiras de produtos de transição agroecológica nos Centros Esportivos Municipais e nos Clubes da Comunidade (CDC).
Além de garantir a continuação dos trabalhos da feira no Ibirapuera, o objetivo da medida também foi ampliar a comercialização de orgânicos para mais de 330 locais que agora estão autorizados a servirem como espaço. A Prefeitura estuda ainda dar apoio técnico aos pequenos produtores de orgânicos para baratear o custo para a população.
É positiva a decisão de manter a feira de orgânicos no Ibirapuera e também ampliar as possibilidades de novos espaços para esse tipo de evento. Os impactos benéficos de consumir produtos orgânicos vão além dos ganhos para a saúde e a nutrição. Quando o consumidor adota como critérios para a compra de alimentos não só o preço, mas também a qualidade, a origem e as informações sobre os impactos sociais e ambientais causados pelo produtor ou pelo fabricante, entre outros, pode trazer grandes benefícios também para a sociedade e para o meio ambiente. E essas pequenas mudanças nos hábitos cotidianos de consumo de cada indivíduo são essenciais para a transição para um estilo de vida mais sustentável.
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