Comentário Akatu: a ampla adoção de veículos movidos a eletricidade poderia ajudar a diminuir a emissão de gases de efeito estufa (que causam o aquecimento global) e a dependência de combustíveis não-renováveis (como o petróleo) ou que colaboram para o desmatamento de vegetação nativa (como o álcool ou o biodiesel). É uma alternativa que valoriza o compartilhamento de produtos, mais que o uso individual, e expande ao máximo a capacidade de uso de um produto e atende às necessidades de mais pessoas.
A prefeitura de Fortaleza lançou ontem (21/01) edital de chamada pública para escolher a empresa responsável pela implantação de um sistema de carros elétricos compartilhados, que deve começar a funcionar em abril.
Inicialmente, o projeto piloto prevê o funcionamento de 15 carros e de dez estações. Os usuários que aderirem ao sistema vão pagar uma taxa de R$ 40, que será convertida em créditos para utilizar nos veículos.
Trinta minutos de uso custarão R$ 20 e os minutos excedentes serão cobrados avulsos e de forma inversamente proporcional: quanto mais tempo com o carro, menor o valor do minuto. Outros benefícios do sistema são a possibilidade de dividir os custos com um carona e de estacionar em vagas da Zona Azul gratuitamente.
“Pretendemos estimular a lógica do compartilhamento e da cultura solidária. Se essas ideias properarem, teremos diversos ganhos para o trânsito e o meio ambiente”, disse o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio. A prefeitura estima que 61% das emissões de gases de efeito estufa na cidade sejam oriundas de veículos movidos a combustíveis fósseis.
Embora o edital não especifique a marca do veículo, o prefeito explica que há apenas um modelo licenciado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Trata-se de um BMW 100% elétrico que utiliza vários materiais reciclados na sua estrutura, inclusive pneus. Com carga total, o veículo tem autonomia para rodar 200 quilômetros. Nas estações, a previsão é que os carros fiquem com a carga completa em três horas.
Segundo a prefeitura, a implantação do sistema de carros compartilhados será feita sem custo para os cofres públicos. O edital de chamada pública prevê que a empresa vencedora apresente carta de patrocínio e explore a publicidade no sistema.
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