Foi publicada, na semana passada, a terceira edição da Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo, com 340 empregadores autuados por uso de trabalho análogo ao de escravo entre dezembro de 2013 e dezembro de 2015.
O Supremo Tribunal Federal mantém, desde dezembro de 2014, a decisão de bloquear o documento publicado semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
As informações da Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo’ foram compiladas pelas ONGs InPacto e Repórter Brasil a partir de dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. Por conta da divulgação da “Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil”, as duas ONGs sofreram processos judiciais. Mas foram arquivados, respaldados pela Lei de Acesso à Informação.
A sociedade não deve aceitar o trabalho escravo ou em condições análogas ao trabalho escravo. Nesta nova edição da “lista suja” do trabalho escravo, observa-se que no Brasil as cadeias produtivas ainda estão permeadas por essa exploração humana injusta e cruel. A transparência de informações é essencial para que as empresas garantam que sua produção não envolva atividades irresponsáveis e que os consumidores exerçam pressão para coibir essa prática aviltante.