O governo do Reino Unido se comprometeu a acabar com a produção de carvão até 2025, segundo o site E3G. O anúncio foi feito no início de novembro, dentro de um pacote de medidas lançado pelo Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial, o qual inclui também novos investimentos em energias renováveis. O governo britânico publicou uma consulta sobre essas políticas para implementá-las. É o primeiro país do mundo a adotar ações para eliminar a produção energética por meio da queima de carvão – um processo extremamente poluente e que emite gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global e das Mudanças Climáticas.
“As usinas de carvão são cada vez mais antieconômicas, particularmente quando incorporam os custos do controle de poluição. As forças do mercado estão mostrando que o carvão já não é uma opção viável para os sistemas limpos e flexíveis de eletricidade para os quais estamos avançando. Os governos nacionais e regionais procuram cada vez mais desenvolver políticas semelhantes de eliminação do carvão como forma de proporcionar uma transição gerida que garanta a segurança energética e um caminho positivo para os trabalhadores e as comunidades”, explica Chris Littlecott, diretor do Programa de Transição de Combustíveis Fósseis da E3G, em um texto divulgado no site da organização.
O compromisso do Reino Unido é um exemplo positivo para os outros países. A França e a Itália já reconheceram a necessidade de ações contra o carvão, mas ainda não implementaram políticas nacionais. O debate sobre a eliminação do minério nas usinas energéticas também está crescendo na Alemanha. Nações como Áustria, Irlanda, Israel, Nova Zelândia, Portugal e Suécia têm apenas uma ou duas usinas em operação. E a Finlândia e a Dinamarca anunciaram que deixarão de usar o carvão até 2030.
É muito positiva a substituição das energias fósseis (como o carvão) pelas renováveis – como a solar e a eólica – que são limpas, não poluem e não emitem gases de efeito estufa, os grandes causadores do aquecimento global e das Mudanças Climáticas no mundo. Iniciativas como a do Reino Unido essa devem ser valorizadas pelos consumidores, que pode demandar do mercado soluções com qualidade e quantidade adequadas, prestigiando políticas públicas que facilitem a viabilidade de aplicação dessas alternativas em larga escala.
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