O Instituto Akatu participou da reportagem publicada na edição de 9/11 do jornal O Globo, que fala da noção equivocada do brasileiro, que vê a água como um bem infinito – o que leva ao desperdício do recurso.
“É um problema de 500 anos pelo menos, um conceito arraigado de que os recursos não acabam”, disse Dalberto Adulis, consultor de conteúdo do Instituto Akatu, à reportagem do jornal O Globo. Foi assim com o pau-brasil, diz ele, e a exploração de culturas como a cana-de-açúcar e o café, extraídas de forma desenfreada pelos portugueses, comprometendo outros recursos naturais, como a Mata Atlântica.
Para Adulis, um erro crucial do país é a associação do conceito de desenvolvimento econômico ao consumo desenfreado. Esse comportamento sugere noção equivocada de que a economia pode crescer de forma autônoma ao meio ambiente: “Há uma ideia errada de que abundância é sinal de progresso. Esbanjar não é status, mas escândalo”, afirmou Adulis. “Quando se prega eficiência energética e o uso racional de recursos, o discurso logo é tachado como ‘papo de ambientalista’ ou, em tom pejorativo, ‘ecochato’.”
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