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21.12.20 às 12:19

Desafio Escolas Sustentáveis, do Instituto Akatu, promove mudanças de consumo consciente escolas de todas as regiões do país

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Uma economia anual prevista de cerca de duas toneladas de CO2, o que equivale às emissões geradas na produção de 1.300 marmitas (com arroz, feijão, carne, batata e tomate) ou no deslocamento de 250 alunos para ir e voltar da escola, durante uma semana. Em termos numéricos, esse é o saldo do Desafio Escolas Sustentáveis deste ano, promovido pelo Instituto Akatu. Porém, mais do que isso, a iniciativa termina com a implementação de diversas iniciativas sustentáveis e benéficas ao meio-ambiente nas cinco escolas públicas de Ensino Básico selecionadas. E o principal: a chance de estimular a cultura do consumo consciente e da sustentabilidade dentro dessas instituições, impactando não apenas professores, alunos e demais funcionários, mas todos em seus entornos.

Com um financiamento de R$ 225 mil, as escolas conseguiram promover diversas mudanças em suas estruturas, entre elas: a instalação de energia fotovoltaica, a construção de hortas e composteiras e a criação de sistemas de captação e reaproveitamento da água da chuva. Instituições das cinco regiões do Brasil foram contempladas: Colégio Estadual Leôncio Correia, de Curitiba (PR); Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Negócios Letice Oliveira Maciel, em Seabra (BA); Escola Municipal José Calil Ahouagi, de Juiz de Fora (MG); Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho, de Três Lagoas (MS); e Escola Estadual Indígena Dom Lourenço Zoller, de Uiramutã (RR).

“Como parte de uma iniciativa global, o Desafio Escolas Sustentáveis tem o objetivo de incentivar que escolas estimulem a educação para a sustentabilidade, tanto por meio de mudanças curriculares quanto estruturais. É com muita satisfação que compartilhamos os principais resultados do desenvolvimento dos projetos daquelas que foram selecionadas e as parabenizamos, seguros de que os aprimoramentos implementados continuarão trazendo impactos positivos após o projeto”, explica Denise Conselheiro, gerente de educação do Instituto Akatu.

“Esperamos que essa iniciativa seja um pontapé inicial para que mais escolas brasileiras fortaleçam as atividades relacionadas à sustentabilidade em suas rotinas pedagógicas”, conclui.

Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, 793 pessoas das comunidades escolares participaram de atividades online, como webinares e aulas interdisciplinares. Além da conscientização de alunos, professores e familiares, o programa deixa um legado permanente nas instituições participantes.

O Desafio Escolas Sustentáveis faz parte de um esforço global coordenado pelo The Institute for Global Environmental Strategies (IGES) e pela One Planet Network, financiado pelo Ministério do Meio Ambiente do Japão. Ele foi realizado simultaneamente em nove países — Brasil, Namíbia, África do Sul, Uganda, Camboja, Quirguistão, Filipinas, Vietnã e Suriname.

Confira os principais resultados de cada escola selecionada pelo projeto no Brasil:

Colégio Estadual Leôncio Correia (Curitiba – PR)

·     Criação de um Centro de Educação Socioambiental, onde os estudantes interagem com teorias e práticas relacionadas aos conhecimentos socioambientais.

·     Implementação de um sistema de captação de água da chuva e elaboração e implementação do plano de gerenciamento dos resíduos sólidos.

·     Finalização de um sistema de geração de energia fotovoltaica, com 12 painéis solares e quiosques/laboratórios de energia solar. Ele será capaz de cobrir o equivalente a 5% do consumo durante um mês normal (com pleno funcionamento da escola), e esteve entre 15% a 20% do consumo total durante o período de isolamento social.

·     Desenvolvimento de uma Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (COM-VIDA), com espaço físico e grupo de alunos engajados.

Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho (Três Lagoas – MS)

·     Desenvolvimento de disciplinas eletivas aos alunos do ensino médio, à distância e com atividades práticas na escola em esquema de rodízio, para tratar das temáticas de compostagem, produção de sabão caseiro, reciclagem e coleta seletiva, reaproveitamento de água, horta e alimentação saudável.

·     Construção de uma horta em mandala e de composteiras em alvenaria e implantação de um sistema de captação de água da chuva da quadra.

·     Implementação de oficinas para a produção de papel reciclado – que resultou em 654 placas a serem utilizadas em trabalhos de arte e cultura em 2021 – para a produção de 10kg de sabão caseiro em barra e 200 litros de sabão caseiro líquido utilizando papel como matéria-prima.

·     Plantio de cerca de 800 mudas em uma horta, como alface, rúcula e couve e produção de mais 500 mudas em sementeiras. Isso com o reaproveitamento de água da cozinha para a irrigação.

Centro Estadual de Educação Profissional Letice Oliveira Maciel (Seabra – BA)

·     Promoção de uma jornada pedagógica antes do início da pandemia, com a adaptação das atividades para o formato virtual após o início do distanciamento social.

·     Implementação do Ponto de Entrega Voluntária (PEV), mobilizando alunos, professores e comunidade para o descarte correto. De janeiro a outubro de 2020, a escola coletou e destinou 1.319,4kg de papel, 412kg de plástico, 23,9kg de alumínio e 109,5 kg de outros metais, totalizando 1.865kg de resíduos destinados para a reciclagem.

·     Instalação de sistemas de captação de água da chuva, construção de pergolado, readaptação de sala multifuncional da escola e instalação de refletores de energia solar para sistema elétrico.

Escola Estadual Indígena Dom Lourenço Zoller (Uiramutã – RR)

·     Realização de seminário sobre sustentabilidade e outro sobre plantas medicinais e produção de xaropes caseiros, para cuidados a sintomas relacionados à COVID-19.

·     Conscientização da comunidade para a não-combustão de resíduos e um descarte mais adequado.

·     Finalização da instalação das placas de energia fotovoltaica, em substituição ao motor a combustão. Antes do projeto, a escola consumia cerca de 30 litros de diesel a cada 15 dias, que era queimado em motor para geração de energia. As placas fotovoltaicas, por sua vez, foram capazes de suprir toda a demanda.

Escola Municipal José Calil Ahouagi (Juiz de Fora – MG)

·     Instalação de um sistema de captação de água da chuva na quadra de esportes, em projeto desenhado por voluntários do Engenheiros Sem Fronteiras, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). As estimativas indicam uma captação anual de até 119,5m³ de água da chuva.

·     Construção de composteiras, de minhocários e da estrutura de um pergolado em eucalipto, onde serão realizadas oficinas após retorno das atividades presenciais.

·     Realização de quatro webinares, com as temáticas de reaproveitamento de água da chuva, agroecologia e bioconstrução, composteiras domésticas e escolares, e plantas medicinais.

Confira tudo sobre a iniciativa no site do Akatu: https://www.akatu.org.br/noticia/resultados-desafio-escolas-sustentaveis/.

Sobre o Instituto Akatu

Criado em 15 de março de 2001 (Dia Mundial do Consumidor), o Instituto Akatu é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. Tem como proposta e objetivos contribuir para a mudança de comportamento do consumidor a partir de duas frentes de atuação: Educação e Comunicação, com o desenvolvimento de campanhas, conteúdos e metodologias, pesquisas e eventos. O Akatu também atua junto a empresas que buscam caminhos para a nova economia, ajudando a identificar oportunidades que levem a novos modelos de produção e consumo, que respeitem o ambiente e o bem-estar, sem deixar de lado a prosperidade: https://www.akatu.org.br/.

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