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15.12.20 às 11:08

Instituto Akatu e Fundação Espaço ECO divulgam estudo sobre a mobilidade urbana

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O Instituto Akatu, ONG que trabalha a sensibilização e a mobilização para o consumo consciente, juntamente à Fundação Espaço ECO, criada e mantida pela BASF, desenvolveram um estudo para entender a mobilidade urbana a partir das condições brasileiras. Foi utilizado a metodologia de Análise de Ciclo de Vida (ACV) para analisar os impactos ambientais dos diferentes modais usados nas cidades em toda a cadeia: produção do equipamento, transporte em toda cadeia, uso, manutenção e descarte.

A pesquisa teve como foco a cidade de São Paulo devido à diversidade de alternativas de modais e hábitos de consumo da população, além do acesso a bases de dados existentes e secundários para reunir as informações que permitiram as análises. “O objetivo foi compreender e medir os impactos ambientais de produtos e processos. Assim, traduzimos a sustentabilidade para o dia a dia das pessoas”, comenta Rodolfo Viana, diretor-presidente da Fundação Espaço ECO.

“Com esse estudo, indicamos caminhos para o consumidor diminuir o impacto ambiental de seu deslocamento como, por exemplo, a partir do compartilhamento de modais,  utilização de combustíveis renováveis, realização de manutenções periódicas no equipamento, cuidado e descarte corretos dos equipamentos e peças e a priorização do uso do transporte público. Em cima disso, dentro de suas rotinas, os consumidores podem encaixar essas sugestões para melhorar o impacto ambiental da mobilidade urbana”, destaca Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.

Na pesquisa com base na ACV, é considerado o desempenho ambiental de cada alternativa de transporte, sem considerar outros fatores na escolha do consumidor, como o econômico, o social, a conveniência, o conforto e a segurança. Os principais meios de transporte estudados foram a bicicleta, o patinete elétrico, motocicleta, carro, ônibus e metrô. Cada um apresenta maior impacto ambiental em alguma parte do processo, seja na produção, devido aos materiais usados na base, ou no uso devido à queima de combustíveis fósseis, como também na manutenção ou descarte.

A bicicleta, por exemplo, é um meio de transporte que não utiliza combustível para locomoção, mas a sua produção envolve materiais como o aço e alumínio, que geram impactos significativos. Se houver uma destinação correta ao fim da vida útil da bicicleta, com a venda de peças em bom estado e a reciclagem dos materiais, o consumidor consegue reduzir significativamente o impacto ambiental, pois evita a extração de novos recursos naturais.

As motocicletas e os carros geram maior impacto no uso e manutenção, devido à utilização de gasolina como combustível, cuja queima libera CO2, gás de efeito estufa que contribui para o aquecimento global e gera material particulado, responsável por fenômenos com a chuva ácida. Se a moto ou o carro permitir, o uso de combustíveis renováveis (como o álcool) é a melhor alternativa para reduzir os impactos: ao substituir a gasolina pelo etanol produzido a partir da cana de açúcar em um carro, é possível reduzir pelo menos 25% das emissões de CO2 na atmosfera.

Também é importante realizar manutenções regulares no carro ou na moto para se ter um melhor rendimento e eficiência no consumo do combustível, assim como privilegiar o uso compartilhado, o que significa compartilhar também o impacto ambiental, diminuindo a carga individual.

Os transportes coletivos, como ônibus e metrô, sendo um serviço público, circulam independentemente de quantos passageiros carregam. Como o ajuste de rotas para melhor distribuir o número de passageiros é um processo complexo e o poder de decisão individual em horários alternativos é limitado, a recomendação é que os consumidores optem pelos transportes públicos para tornar seu uso melhor aproveitado, diminuindo a carga ambiental individual e evitando emissões de gases poluentes de veículos privados.

Um novo modal que ganhou as avenidas de algumas capitais foi o patinete elétrico, meio de transporte que costuma ser utilizado para curtas distâncias. Neste caso, o impacto ambiental se concentra na produção, especialmente devido à bateria de lítio, que tem uma carga de impacto muito expressiva. A comparação entre os usos individual e compartilhado apresenta diferenças a favor do individual, desde que feito um uso frequente. O principal cuidado por parte do consumidor para diminuir os impactos ambientais deve ser o aumento da vida útil da bateria de lítio: para isso, ela não deve ser carregada acima de 80% da carga máxima ou descarregada abaixo de 20%.

Também é importante destinar corretamente o patinete ao final de sua vida útil, vendendo ou reciclando peças. Já no uso compartilhado, foi identificado uma diminuição da vida útil do patinete de até 50%, principalmente por falta de cuidado no uso. Portanto, o consumidor pode mudar este cenário cuidando dos equipamentos para que atendam a mais pessoas por mais tempo, diminuindo a carga ambiental individual.

Para Rodolfo Viana, “O estudo busca ajudar a população a fazer escolhas conscientes e conhecer melhor os impactos ambientais dos principais meios de transporte utilizados.” É importante lembrar que a pesquisa não considerou as variáveis inseridas pela pandemia e considerou as bases de informações referentes ao ano de 2019.

Em resumo, as considerações mais relevantes apontam recomendações para aos consumidores que buscam opções mais sustentáveis: compartilhar os modais, utilizar combustíveis renováveis, cuidar do equipamento durante o uso, fazer manutenções periódicas, descartar corretamente os equipamentos e peças ao fim da vida útil e privilegiar o uso do transporte público.

Sobre o Instituto Akatu

Criado em 15 de março de 2001 (Dia Mundial do Consumidor), o Instituto Akatu é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. Tem como proposta e objetivos contribuir para a mudança de comportamento do consumidor a partir de duas frentes de atuação: Educação e Comunicação, com o desenvolvimento de campanhas, conteúdos e metodologias, pesquisas e eventos. O Akatu também atua junto a empresas que buscam caminhos para a nova economia, ajudando a identificar oportunidades que levem a novos modelos de produção e consumo, que respeitem o ambiente e o bem-estar, sem deixar de lado a prosperidade: https://www.akatu.org.br/.

Sobre a Fundação Espaço ECO

Na Fundação Espaço ECO (FEE), atuamos como consultoria para sustentabilidade, desenvolvendo projetos customizados para organizações medirem e compreenderem impactos ambientais, sociais e econômicos de seus produtos e processos, com base no pensamento de Ciclo de Vida. Nossa equipe oferece conhecimento para cocriar soluções para uma sociedade em constante evolução, visando apoiar os gestores em suas decisões estratégicas e conscientizar os cidadãos em suas escolhas. Ainda oferecemos soluções que apoiam certificações e protocolos de sustentabilidade, projetos de conservação ambiental e na concepção e mensuração de impacto de projetos socioambientais.  Criada e mantida pela BASF desde 2005, com a qualificação de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), atuamos com a missão de “promover o desenvolvimento sustentável no ambiente empresarial e na sociedade”; reinvestindo os recursos obtidos no financiamento de novos estudos, pesquisas e ações que beneficiam toda a sociedade. Conheça mais em www.espacoeco.org.br , em https://www.linkedin.com/company/22315705/  e no
www.facebook.com/fundacaoespacoeco
.

 

Informações para a imprensa:

Instituto Akatu – InPress

Kika Stephan e Guilherme Cardoso

akatu@inpresspni.com.br | +55 (11) 3323-1560

Fundação Espaço ECO – Máquina Cohn & Wolfe

Jaqueline Braz e Erika Borges

basfcorp@maquinacohnwolfe.com | +55 (11) 96322 – 5263

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