Você sabe a diferença entre resíduo e rejeito? E aterro e lixão? No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Akatu convida os consumidores a compreenderem melhor a diferença entre esses conceitos e a refletirem sobre a adoção de hábitos mais conscientes no descarte de resíduos, visando gerar melhores impactos para a sociedade e o planeta.
Se todos esses resíduos fossem espalhados na largura de uma estrada que percorresse todo o litoral brasileiro (7,4 mil quilômetros de extensão e 3,6 metros de largura), em um ano se teria um “muro de resíduos” com 13 metros de altura.
Dado este volume monumental de resíduos, nunca é demais relembrar a importância dos 4Rs: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar. Antes de fazer uma escolha de consumo, reflita sobre a real necessidade daquele produto e evite compras desnecessárias, desta forma reduzindo o volume futuro de resíduos. Em seguida, se um resíduo for gerado, avalie se é possível reutilizá-lo de alguma forma, evitando ou adiando a geração de resíduos no seu descarte.
Ao evitar a compra de um item novo, são evitados os impactos associados à sua fabricação, o que é, em si, um impacto positivo. Finalmente, se os 3 primeiros R’s tiverem sido praticados, chegará, de fato, ao final da vida útil do produto e de seus materiais e este é o momento de reciclar.
Confira alguns conceitos presentes nesta temática, assim como dados sobre o cenário brasileiro em resíduos e serviços que podem te ajudar na hora de fazer o descarte adequado:
Qualquer material, substância, objeto ou bem resultante de atividades humanas em sociedade (Política Nacional de Residuos Sólidos). Todos resíduos tem valor econômico, daí a necessidade de serem encaminhados para a coleta seletiva, onde são separados de acordo com seu material e enviados para reciclagem, para que, uma vez reciclados, sejam reaproveitados como matéria-prima na fabricação de novos produtos ou como fonte para geração de energia. Deve-se lembrar que os resíduos sólidos devem ser razoavelmente limpos e secos antes de serem encaminhados para a coleta seletiva. ?
Nomenclatura correta do que é “lixo”. Trata-se do que sobra dos resíduos por não apresentar valor econômico. Os rejeitos caracterizam-se como itens ou materiais que não podem ser reinseridos na cadeia de valor, ou seja, não podem ser reutilizados, remanufaturados ou reciclados. Os rejeitos, portanto, não podem ser reaproveitados e devem ser descartados em forma final.
Local destinado ao aterramento dos rejeitos em um terreno previamente preparado e com estrutura adequada, de maneira a causar o menor impacto possível no meio ambiente e na sociedade. Previamente a receber os rejeitos, o solo passa por um processo de impermeabilização que impede o vazamento do chorume (líquido escuro que se origina da decomposição dos resíduos orgânicos). Além disso, os gases liberados pelo processo de decomposição são captados por tubulações e podem ser convertidos em energia elétrica.
É uma área a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento ou proteção ao meio ambiente e saúde pública, destinada à disposição final de rejeitos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, desde 2014, proíbe a existência e o funcionamento dos lixões devido aos riscos oferecidos à saúde e ao bem-estar humano e ambiental, porém, houve prorrogação dos prazos de extinção, variando entre 2018 e 2021, de acordo com o porte do município. Devido à inexistência de um planejamento apropriado para abrigar os rejeitos (e resíduos) despejados nesses locais, a sua decomposição gera chorume, que contamina o solo e os lençóis freáticos, e emite gases que contaminam o ar.
Refere-se à coleta de resíduos separados pelo consumidor ou pela empresa segundo a sua composição e colocados de acordo com seu tipo em um mesmo recipiente. A separação deve ser feita no mínimo entre resíduos secos e úmidos, estes últimos referindo-se aos itens orgânicos compostos por restos de alimentos. Idealmente, a separação deve ser feita de acordo com as seguintes categorias: plástico, papel, metal, vidro (lembrando que esses materiais só podem ser reciclados quando limpos e secos) e orgânico. Pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, a implantação de um sistema de coleta seletiva é obrigação de cada município do país.
São associações de catadores (Lei 5.764/71 – Política Nacional de Cooperativismo) onde, depois de realizada a coleta seletiva nas casas e empresas, os resíduos são separados de acordo com seu material, passam por um processo de triagem, de prensagem e de venda para empresas recicladoras. Nas cooperativas, os trabalhadores se unem para viabilizar a atividade de separação dos resíduos de forma a possibilitar o seu encaminhamento para cada tipo de reciclador. Muitas vezes, as cooperativas têm recebido apoio educacional para os trabalhadores, formação em gestão e apoio financeiro por parte de empresas e outros atores da sociedade.
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Vamos começar?
Veja como encaminhar adequadamente os seus resíduos:
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