A The Nature Conservancy (TNC), lançou hoje (11/11), em São Paulo, a Coalizão Cidades pela Água, uma iniciativa para elevar o nível de segurança hídrica em 12 regiões metropolitanas, por meio de uma atuação integrada e intensa das empresas na preservação de rios e nascentes.
Já fazem parte da Coalizão empresas como Ambev, Coca-Cola, Femsa, Fundación Femsa e Klabin. Também apoiam a iniciativa Kimberly-Clark, Faber-Castell, Arcos Dourados/McDonald’s, Unilever e Bank of America Merrill Lynch.
As empresas participantes contribuirão, durante os próximos cinco anos, com ações de gestão sustentável da água em suas cadeias de produção e com aportes para projetos de restauração florestal em áreas chave para a saúde dos mananciais.
A Coalizão já conta com o aporte de 18 milhões de reais, o equivalente a 15% da expectativa total de arrecadação de 120 milhões de reais nos primeiros cinco anos. A soma dos investimentos deve chegar a 1 bilhão de reais no fim do período.
Segundo a TNC, a decisão de investir em infraestrutura verde está baseada em estudos científicos que demonstram que a recuperação de florestas, rios e solos em áreas estratégicas aumenta o fluxo hídrico e a qualidade de água disponível para o uso da população, das empresas e dos produtores rurais.
Em São Paulo, por exemplo, a restauração de menos de 3% das áreas desmatadas nas bacias que abastecem os sistemas do Cantareira e do Alto Tietê, caso feita nas áreas estratégicas apontadas pelo mapeamento da TNC, seria suficiente para reduzir em até 50% a erosão de nascentes e riachos que abastecem os moradores da região metropolitana.
As cidades que mais se beneficiariam da conservação florestal em mananciais, segundo a TNC, são:
1) Curitiba
2) Santos
3) Maceió
4) Salvador
5) São Paulo/Campinas
6) Recife
7) João Pessoa
8) Brasília
9) Rio de Janeiro
10) Vitória
11) Belo Horizonte
12) Goiânia
“O investimento em infraestrutura verde ainda é visto como uma ação pontual e secundária, mas deveria ser uma solução de segurança hídrica estruturante. Ele é capaz de tornar as metrópoles mais resilientes, reduzindo os impactos negativos dos extremos climáticos, cada vez mais frequentes e intensos”, afirma Samuel Barrêto, gerente de recursos hídricos da TNC no Brasil.