A Prefeitura de São Paulo inaugurou na terça-feira (16/7) a segunda central mecanizada de triagem de resíduos sólidos da cidade, no bairro de Santo Amaro. A usina tem capacidade de separar 250 toneladas de materiais recicláveis por dia. Com isso, a capacidade de reciclagem na cidade triplica e chega a 7% dos resíduos gerados na cidade.
Segundo o secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro, das 10,5 mil toneladas de lixo produzidos na cidade, os orgânicos são 50% e cerca de 25% são resíduos secos com possibilidade de serem reciclados.
As centrais de triagem têm capacidade de separar 13 tipos de resíduos recicláveis. Os materiais metálicos são separados por meio de magnetismo e eletricidade. Leitores óticos separar o material por tipo e cor. Na etapa final, há uma separação manual. Segundo o prefeito Fernando Haddad, a adoção da tecnologia permite que a cidade tenha uma capacidade de processamento maior do que o volume de material que os moradores separam. Por isso, ele afirma que a prefeitura intensificará as ações de educação para separação do lixo doméstico.
Com a nova central de triagem, a coleta seletiva será ampliada para oito novos distritos em 2014, segundo a Prefeitura: Campo Limpo, Capão Redondo, Pedreira, Cidade Dutra, Grajaú, Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa e Jardim São Luis. E nos 40 dos 75 distritos atualmente atendidos, a coleta seletiva será estendida para todas as ruas. A meta da Prefeitura é que até 2016 todos os 96 distritos da cidade sejam atendidos pelo serviço.
A primeira central de triagem, aberta em junho, fica no bairro da Ponte Pequena, no Centro da cidade. Também tem capacidade de processar 250 toneladas de resíduos por dia e é vinculada à empresa Loga, concessionária de coleta de lixo responsável pelas zonas norte, oeste e região central. Até 2016, serão instaladas mais duas centrais mecanizadas, na Vila Maria e em São Mateus, atingindo a marca de cerca de 1.250 toneladas diárias. A meta é aumentar o percentual de coleta seletiva em São Paulo 10% até 2016.
A estimativa de receita líquida mensal da venda dos materiais processados é de R$ 1,6 milhão. Essa receita viabiliza um fundo de coleta seletiva e logística reversa, que será gerido por um conselho gestor formado por catadores, pela sociedade e pelo governo municipal, segundo Silvano Silvério, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb).
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