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23.03.14 às 18:18

Washington Novaes é homenageado na 3a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

Jornalista, escritor, colunista e documentarista será homenageado em cerimônia dia 25 de março, às 21h, no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo
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Washington Novaes é o homenageado da terceira edição da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. Repórter, editor, diretor e colunista em várias das principais publicações brasileiras, foi durante sete anos editor-chefe do Globo Repórter e editor do Jornal Nacional, da Rede Globo, comentarista de telejornais das Redes Bandeirantes e Manchete, e no programa Globo Ecologia. Novaes também contribiu com suas colunas no Portal Akatu.

No programa Globo Repórter, dirigiu documentários como “Amazonas – a pátria da água” e “As crianças do reino do Porantim” (roteiros de Thiago de Mello), “A doença dos remédios”, entre outros. Como produtor independente de televisão, dirigiu as séries “Xingu – A Terra Mágica”, “Kuarup”, “Pantanal” e “Xingu – A Terra Ameaçada”. Ganhou vários prêmios internacionais e nacionais de jornalismo e televisão, e também o Prêmio Unesco de Meio Ambiente 2004.

Durante a Mostra serão exibidos os primeiros episódios das séries “Xingu – A Terra Mágica” e “Xingu – A Terra Ameaçada”, além de episódios da série “O Desafio do Lixo” e “Amazonas – a pátria da água”. Com isso, o público da mostra terá acesso a um panorama bastante diverso da produção desse pioneiro do jornalismo ambiental, com programas realizados para a TV Globo, TV Cultura e a extinta Manchete, englobando assim mais de 20 anos de sua produção audiovisual.

Confira a programação no site da Mostra

No dia 25 de março, terça-feira, haverá uma cerimônia de homenagem com a presença de Novaes no Museu da Imagem e do Som (MIS), a partir das 21h. Participam da cerimônia Zuenir Ventura (jornalista e escritor brasileiro, colunista do jornal O Globo e ganhador do Prêmio Jabuti em 1995, na categoria reportagem, pelo livro Cidade Partida) e Lula Araújo (cineasta, diretor de fotografia, carioca, premiado no Brasil e exterior, participou de projetos com Washington Novaes, dentre eles “Desafio do Lixo”, “Xingu – A Terra Mágica” e “Xingu – A Terra Ameaçada”). A jornalista Maria Zulmira de Souza, a Zuzu, uma das idealizadoras do programa Repórter Eco, no qual Washington Novaes é comentarista e supervisor de biodiversidade, conduzirá a cerimônia. Zuzu integra o conselho do IMAFLORA e do Planeta Sustentável.

O “sábio da tribo”, citando expressão do texto do jornalista André Trigueiro para o catálogo da Mostra, tem uma trajetória de mais de 50 anos em jornalismo, e não gosta de ser definido como ambientalista ou jornalista ambiental: “Eu sou jornalista há 57 anos, e se trato muito dessas questões é porque não há como isolar o meio ambiente do restante. O meio ambiente está em tudo, na nossa vida toda, em tudo que a gente faz. Então, não pensar nas chamadas questões ambientais significa deixar os problemas crescerem, e esses problemas são cada vez maiores”, declarou em entrevista às jornalistas Paulina Chamorro e Mônica C. Ribeiro

Novaes foi Secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Governo do Distrito Federal nos anos de 1991 e 1992 e tem vários livros publicados, entre eles “Xingu” (Brasiliense), “A quem pertence a informação” (Nova – Assessoria e Publicações), “A Terra pede água” (Sematec/BSB) e “A Década do Impasse” (Editora Estação Liberdade). Participa de vários livros com outros autores.

Foi consultor do “Primeiro Relatório Brasileiro para a Convenção da Diversidade Biológica”, dos “Relatórios sobre Desenvolvimento Humano” da ONU, de 1996 a 1998, e sistematizador da “Agenda 21 Brasileira – Bases para a Discussão”. Atualmente é colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Popular (de Goiânia, onde vive). Na TV Cultura de São Paulo é supervisor de Biodiversidade e comentarista do programa Repórter Eco.

“Por onde passou, “contaminou” os colegas de profissão com essa estranha determinação em denunciar as mazelas de um modelo de desenvolvimento predador, de curto prazo e condenado ao fracasso por destruir os recursos naturais não renováveis fundamentais à vida e à própria economia. Inteligência, credibilidade, boas fontes e um texto irretocável (direto, incisivo, recheado de dados invariavelmente contundentes) foram aliados preciosos para abrir, aos poucos, os merecidos espaços que conquistaria ao longo dessa jornada”, define André Trigueiro no texto produzido para o catálogo da Mostra.

Foto: Marcelo Novaes

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