Fim do ano, pandemia, hábitos entre os universitários… Entre tantos assuntos a serem debatidos dentro destes temas, a ingestão de bebida alcoólica está entre os principais. E para alertar as pessoas sobre importância do consumo consciente, o Instituto Akatu – principal ONG do país dedicada à sensibilização e à mobilização para o consumo consciente -, em parceria com o Instituto Diageo, dá novos passos dentro da campanha #HappyHourConsciente. Ao mesmo tempo que dá início à terceira fase da iniciativa, com o novo site, a parceria finaliza um projeto-piloto ao promover a moderação de bebidas alcoólicas entre universitários de São Paulo.
Com o contexto da pandemia como pano de fundo, Akatu e Instituto Diageo estudaram os hábitos de cerca de 130 alunos de universidades da capital paulista, a maior parte deles do curso do Administração, distribuídos igualmente em termos de gênero ou ano de graduação. Por meio de interações on-line e uma inovadora ferramenta de chatbot na forma de quiz, a ideia principal foi sensibilizar e mobilizar os participantes para a adoção de estilos de vida mais saudáveis, além de alertá-los sobre os impactos negativos do consumo excessivo de álcool. O projeto-piloto foi construído ao longo de diversas etapas, com o mapeamento de universidades e especialistas, workshops de co-criação com universitários para o desenvolvimento de processos de interação e atividades de mobilização e de diagnóstico. Tudo isso com a colaboração acadêmica dos professores Kavita Hamza e Andres Veloso, da FEA USP, e Sofia Ferraz, da FGV e ESPM.
A iniciativa permitiu identificar tendências de consumo mais consciente entre os participantes, como a predisposição de diminuir significativamente a frequência da ingestão de bebidas alcoólicas: 20% dos participantes alteraram seus padrões durante as semanas do experimento. Destes, metade relatou que consumiu álcool com menor frequência, e 30% passaram a beber em menor quantidade. O monitoramento registrou ainda um aumento significativo na quantidade de universitários que buscaram ficar dentro da mesma dose de álcool — de 25% no diagnóstico inicial para 67% depois que participaram das interações —, e que compreenderam a importância de não ultrapassar a dose recomendada de consumo de álcool — 23% no diagnóstico inicial para quase 50%. O projeto também verificou mudanças de comportamento durante a pandemia do coronavírus, em questões como sono, alimentação e atividades físicas.
“O álcool pode fazer parte de um estilo de vida equilibrado e é essencial que as pessoas possam fazer escolhas conscientes quando decidirem beber. Acreditamos que a educação é o melhor caminho para que as pessoas tenham responsabilidade ao consumir bebidas alcoólicas. O consumo com moderação começa com saber que o que importa é a quantidade total de álcool consumida, não o tipo de bebida”, diz Paulo Mindlin, gerente executivo do Instituto Diageo.
“O projeto-piloto permitiu reforçar a relação entre uma vida mais saudável e o consumo consciente e moderado de bebidas alcoólicas. Podemos notar uma forte compreensão por parte dos universitários das principais mensagens trabalhadas, tais como a importância de ficar dentro da dose recomendada independentemente da bebida que será ingerida”, afirma Denise Conselheiro, gerente de Educação do Instituto Akatu.
NOVA FASE
Lançada em outubro de 2020, a iniciativa #HappyHourConsciente entra agora em sua terceira fase, com o lançamento do hotsite akatu.org.br/hhconsciente para concentrar todo o conteúdo da campanha e apostar na disseminação cada vez maior da sua mensagem, especialmente neste período de festas de fim de ano. A campanha do Akatu conta com o apoio do Instituto Diageo e já trouxe a participação do psiquiatra Jairo Bouer, com diversos vídeos e áudios, comentando temas como ansiedade, festas clandestinas, riscos do exagero ao beber e o exemplo que pais que bebem dão aos filhos.
Desde seu início, o projeto constatou o aumento do consumo de bebidas alcoólicas por jovens em meio à pandemia e já alcançou mais de 2,7 milhões de usuários nas redes sociais Instagram, Facebook e Twitter, acumulando mais de 6,3 milhões de impressões. Agora, o objetivo é seguir impactando e sensibilizando as pessoas de 18 a 29 anos.
“Beber sem excessos é uma atitude importante de consumo consciente, uma vez que minimizamos os impactos negativos do exagero de bebidas alcóolicas para o nosso corpo, para a nossa mente e em nossas relações sociais”, valoriza Bruna Tiussu, gerente de comunicação do Instituto Akatu, principal ONG do país focada na mobilização para o consumo consciente. “Com o #HappyHourConsciente, quebramos tabus sobre esse assunto e mostramos que é possível falar de moderação de uma maneira leve e educativa”.
Sobre o Instituto Akatu
Criado em 15 de março de 2001, o Instituto Akatu é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para um novo jeito de viver com consumo consciente e mais bem-estar para todos. As atividades do Instituto estão focadas na mudança de comportamento do consumidor em duas frentes de atuação: Educação e Comunicação, com o desenvolvimento de campanhas, conteúdos e metodologias, pesquisas, jogos e eventos. O Akatu também atua junto a empresas que buscam caminhos para a nova economia, ajudando a identificar oportunidades que levem a novos modelos de produção e consumo – modelos que respeitem o ambiente e o bem-estar, sem deixar de lado a prosperidade: akatu.org.br.
Sobre o Instituto Diageo
O Instituto Diageo é uma entidade sem fins lucrativos que promove ações nas áreas de educação, capacitação profissional e responsabilidade da sociedade na sua relação com as bebidas alcoólicas. Entre as iniciativas do Instituto, lançado em abril de 2019, destacam-se três programas: Learning for Life, que capacita jovens de baixa renda para atuação como bartenders; Na Real!, que sensibiliza sobre o não consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade; e Tecendo o Futuro, que promove a capacitação em artesanato com palha de carnaúba para comunidades e para internas do sistema penitenciário feminino do Ceará, contribuindo com o empoderamento socioeconômico e ressocialização