Comentário Akatu: Eventos climáticos extremos vêm ocorrendo com mais frequência nos últimos anos. E, segundo especialistas, a frequência continuará aumentando, o que sinaliza a relação de interdependência ao longo da história entre a ação humana e o impacto sobre os ecossistemas e o comportamento climático. Não é somente a poluição industrial que gera esse tipo de alteração climática: desmatamento, exploração pecuária em larga escala, utilização de meios de transportes movidos a combustíveis fósseis, e energias geradas de forma poluente também entram nessa lista. Se os consumidores são parte da origem do problema, também são parte de sua solução. Por meio de mudanças em suas práticas cotidianas, os consumidores se percebem como cidadãos e se empoderam, forçando as empresas a produzirem de forma mais limpa. Este novo comportamento e esta nova consciência são primordiais para reduzir o aquecimento global e suas consequências ruins ao clima do planeta.
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, fez um balanço esta sexta-feira das temperaturas extremas que atingiram os Estados Unidos, a Europa e a Austrália esta semana.
Em Genebra, a porta-voz da agência, Clare Nullis, afirmou que aumenta o consenso científico de que as correntes de ar serão cada vez mais instáveis devido ao aquecimento global e com isso, levando a mais situações de clima extremo.
Expressão
A representante da OMM destacou que a expressão “vórtice polar”, que ficou muito popular esta semana com as temperaturas negativas nos Estados Unidos, já é usada por especialistas há décadas.
Segundo Nullis, uma massa intensa de ar frio do Ártico fez uma curva para o sul e com isso, grande parte do Hemisfério Norte teve temperaturas extremamente frias.
Europa
Já na Europa, o clima foi mais quente do que a média para o inverno na região, que chegou a 19° Celsius em Biarritz, na França. Em áreas costeiras, como na Espanha, houve ventos muito fortes e chuva pesada.
Segundo a OMM, o que aconteceu esta semana faz parte “da variação natural do clima”, com temperaturas muito frias nos Estados Unidos, mas mais quentes na Europa.
Na Austrália, a população pode enfrentar uma segunda onda de calor neste fim de semana. No ano passado, o país teve as temperaturas mais quentes já registradas.
Clique aqui para ver a notícia original, publicada pelo Rádio ONU.