A cultura do descartável mudou nossa perspectiva sobre o que consumimos. Tanto que, em muitas situações, trocar algo “quebrado” por um novo é a primeira opção considerada, antes mesmo de se pensar em consertar. Como consequência, estudos internacionais mostram que, entre 2000 e 2005, a vida útil de celulares declinou de 4.8 para 4.6 anos; a de máquinas de lavar, de 12.1 para 11.7; e a de notebooks, de 4.3 para 4.1 anos (ONU Meio Ambiente). Essa prática tem contribuído para o descarte antecipado de objetos que, em muitos casos, ainda poderiam ser utilizados, levando ao aumento do volume de resíduos gerados.
Reparos simples podem recuperar a função do produto e dispensar a necessidade de compra de um novo, o que, em muitos casos, é muito mais caro. No caso de eletrônicos e eletrodomésticos, o melhor é buscar peças originais ou de boa qualidade, além de estabelecimentos autorizados para a realização de manutenções de modo a estender a vida dos produtos. Já no caso de peças de vestuário, móveis, e outros itens, cujo reparo exige menos complexidade, o uso de profissionais autônomos especializados em reparo, como costureiras, marceneiros, sapateiros, etc, resolve facilmente a extensão da vida dos produtos.