Para discutir a sustentabilidade do planeta e tentar responder a essa questão chave, o Instituto Akatu e Worldwatch Institute Brasil lançaram nesta quinta-feira (31/10), em São Paulo, a edição brasileira do relatório “Estado do Mundo 2013 – A Sustentabilidade Ainda é Possível?”, em um evento em São Paulo.
Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, acredita que a transição para a sustentabilidade depende de transformações profundas nos modos de produção e consumo. “As mudanças são urgentes e devem guiar a ação de empresas, governos e cidadãos, que precisam adotar o consumo consciente como uma prática cotidiana na sociedade do bem-estar que devemos construir nos próximos anos. A edição brasileira do Estado do Mundo traz ótimas contribuições para as transformações de que precisamos”, indica Mattar.
“Em apenas oito décadas adicionamos mais cinco bilhões de novos habitantes e consumidores ao planeta. Só entre a Eco 92 e a Rio+20, o PIB global cresceu 50 trilhões de dólares”, afirma Eduardo Athayde diretor do Worldwatch Institute Brasil. “Precisamos, antes, definir métricas que nos orientem em direção a um futuro mais equilibrado, seguro e justo”, complementa.
Considerado pela imprensa internacional como a “bíblia da sustentabilidade”, a publicação é formada por um conjunto de artigos organizados em torno de três eixos principais: A Métrica da Sustentabilidade, Chegando à Verdadeira Sustentabilidade e Abra em Caso de Emergência. Os 17 capítulos do relatório oferecem ao leitor um verdadeiro panorama da situação atual do mundo e o que é preciso fazer imediatamente para reverter esta realidade.
O Estado do Mundo em capítulos
O documento é aberto com uma advertência de Robert Engelman, presidente do Wordwatch Institute, sobre os usos e abusos do conceito de sustentabilidade. Utilizada de maneira inadequada, de acordo com ele, a sustentabilidade como é aplicada hoje em nada contribui para a tomada de decisões e mudanças que precisam ser implantadas o quanto antes.
“A Métrica da Sustentabilidade”, primeira seção do relatório, traz um conjunto de métricas que podem ou deveriam ser utilizadas para avaliar em que patamar a humanidade se encontra, quais limites já foram ultrapassados e que direções devem ser seguidas para assegurar o futuro. A segunda seção, “Chegando à Verdadeira Sustentabilidade”, explora que serão necessárias ações, políticas, mudanças comportamentais e institucionais, além da redução na escala da atividade humana, para que a sociedade se torne verdadeiramente sustentável. Já a última parte, “Abra em Caso de Emergência”, destaca iniciativas e estratégias que precisam ser contempladas caso não seja possível fazer a transição a tempo. São elas: como lidar com migrações, fortalecer a resiliência das populações, ou mesmo, adotar soluções de geoengenharia para frear o aquecimento global.
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