Divulgada na última terça-feira (21/01), a 5ª edição do IRBEM (Índices de Referência de Bem-Estar no Município) aponta que os paulistanos não estão satisfeitos com a qualidade de vida na cidade. A nota geral 4,8 atribuída por eles ficou abaixo da média de 5,5 e 55% da população afirmou que sairia da cidade se pudesse.
A pesquisa é realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope desde 2008. Neste ano, 1.512 pessoas participaram, respondendo questões relacionadas a 25 temas, que abrangem tanto as condições objetivas de vida na cidade – nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, habitação e trabalho – quanto as ligadas a questões subjetivas, como sexualidade, espiritualidade, lazer e consumo.
Com relação ao incentivo ao consumo moderado e sustentável, houve um aumento de 0,4% em relação a 2012. No entanto, o dado continua abaixo da média das notas, com 5,4. Os entrevistados ainda foram questionados sobre os seguintes aspectos relacionados a ao consumo:
· Quantidade que você consome em relação às suas necessidades (nota: 6,1, com aumento de 0,5% em relação à 2012);
· Qualidade e quantidade de publicidade (nota: 5,6, com aumento de 0,3% em relação à 2012);
· Possibilidade de consumir produtos reciclados e recarregáveis (nota: 5,5, com aumento de 0,3% em relação à 2012);
· Durabilidade material e cultural dos produtos (nota: 5,4, com aumento de 0,3% em relação à 2012);
· Oportunidades para consumir bens artísticos e culturais (nota: 5,3, com aumento de 0,4% em relação à 2012);
· Informação disponível sobre o impacto ambiental dos produtos (nota: 5,2, com aumento de 0,2% em relação à 2012);
· Respeito ao direito do consumidor (nota: 5,0, sem variação percentual em relação à 2012)
Apenas quatro dos temas pesquisados receberam avaliação acima da média: Relações humanas (6,2), Trabalho (6,1), Tecnologia da informação (5,9), e Religião e espiritualidade (5,7). O tema Convivência com animais ficou exatamente na média da escala (5,5) e todos os demais ficaram abaixo desse número.
As piores notas foram atribuídas pelos paulistanos para Transparência e participação política (3,0), Desigualdade social (3,5), Acessibilidade para pessoa com deficiência (3,8), Segurança (3,9) e Transporte/Trânsito (3,9).
As conclusões presentes no estudo apontam que desde a primeira medição, em 2008, as áreas nas quais os entrevistados manifestaram maior grau de satisfação dizem sempre respeito a aspectos que não seriam diretamente permeados pelas esferas de governo.
Além disso, a pesquisa indica um aumento do grau de satisfação com o trabalho e o consumo. Esse comportamento seria reflexo da potencialização do poder aquisitivo, impulsionando a aquisição de bens culturais e contribuindo para um incremento na satisfação de outros aspectos da vida pessoal, como a relação com os animais e o lazer e modo de vida.
Confira aqui a 5ª edição da pesquisa IRBEM.
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