Um modelo computacional foi criado por cientistas da Nasa, Agência Espacial Norte-Americana, para simular em alta resolução como o gás carbônico (dióxido de carbono ou CO2) se move na atmosfera ao redor do globo.
A simulação ilustra as diferenças dos níveis de carbono entre os hemisférios norte e sul e também oscilações nas concentrações de CO2 ao passar das estações, por conta do ciclo de absorção pela vegetação.
Medições de gás carbônico em campo já têm sido feitas há décadas. Em julho do ano passado, a Nasa lançou o satélite OCO-2 para fazer observações globais de gás carbônico a partir do espaço. Mas esta simulação, chamada de GEOS-5 ou Nature Run, é a primeiro a detalhar de forma minuciosa como o CO2 se move na atmosfera. “Simulações como essa ajudam a aumentar nossa compreensão tanto das emissões de dióxido de carbono humanas quanto das naturais”, diz Bill Pitman, cientista chefe do Goddard Space Flight Center, da Nasa.
O Nature Run considera dados das condições atmosféricas e a emissão dos gases de efeito estufa naturais e produzidos pelo homem, simulando o período de maio de 2005 a junho de 2007.
No terceiro trimestre de 2014, pela primeira ver na história moderna, o dióxido de carbono atmosférico excedeu 400 partes por milhão (ppm) na maior parte do hemisfério norte. Antes da Revolução Industrial, as concentrações de dióxido de carbono ficavam em cerca de 270 ppm. As concentrações de gases de efeito estufa continuam a aumentar, principalmente por conta da queima de combustíveis fósseis.
O aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera é uma das principais responsáveis pelo crescente aquecimento global. Não é somente a poluição industrial que gera esse tipo de alteração climática: desmatamento, exploração pecuária em larga escala, utilização de meios de transportes movidos a combustíveis fósseis e energias geradas de forma poluente também entram nessa lista.
Se os consumidores são parte da origem do problema, também são parte de sua solução. Por meio de mudanças em suas práticas cotidianas, os consumidores se percebem como cidadãos e se empoderam, forçando as empresas a produzirem de forma mais limpa. Este novo comportamento e esta nova consciência são primordiais para reduzir o aquecimento global e suas consequências ruins ao clima do planeta.
Confira também as visões detalhadas de regiões do mundo, exibidas pelo modelo computacional Nature Run
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