Em uma década, o uso de bicicletas dobrou no Brasil. A conclusão é do relatório do Sistema de Informações da Mobilidade Urbana (SIMU), documento anual produzido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). O estudo comparou dados entre os anos de 2004 e 2014.
A pesquisa mostrou que, em 2004, 1,3 bilhão de viagens foram feitas de bicicleta em 468 cidades; em 2014, esse número aumentou para 2,6 bilhões. A distância percorrida pelos ciclistas também dobrou nesse período: passou de 6 bilhões para 12 bilhões de quilômetros. Como consequência dessa mudança, o tempo pedalando também cresceu de 0,5 bilhão para 1 bilhão de horas por ano.
Modalidades alternativas de transporte, como a bicicleta, começam a representar parcela importante dos deslocamentos urbanos, como destacou o estudo. Priorizar essas modalidades é uma contribuição importante para alcançar uma solução realmente sustentável e de longo prazo.
Pedalar, além de fazer bem à saúde, não polui e nem emite gases de efeito estufa. Já o uso excessivo de automóveis, principalmente aqueles movidos a combustíveis fósseis, piora a qualidade de vida da população, especialmente nas grandes cidades. Esses combustíveis estão entre os principais responsáveis pela poluição do ar e pelo aquecimento global, além de os veículos individuais serem fontes de poluição sonora e causarem desperdício de tempo em congestionamentos.
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