O Dia da Terra é celebrado anualmente para conscientizar sobre problemas como poluição, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger o planeta. Incêndios na Austrália e nos Estados Unidos, a passagem do furacão Iota pelo Caribe, entre outras catástrofes, são um apelo para encontrar alternativas de produção ambiental e favorável à natureza. É o caso do modelo de economia circular, conceito que reduz o consumo de recursos naturais e cria oportunidades de inovação, aumenta a competitividade e promove a geração de emprego.
Atualmente, apenas 18% do plástico mundial é reciclado, com 8 milhões de toneladas de plástico terminando nos oceanos por ano. Nesse sentido, a Economia Circular é um modelo que minimiza o desperdício final dos processos produtivos, para que se alcance maior eficiência, reduzindo ao mesmo tempo o impacto no meio ambiente. Desse modo, a empresa está comprometida em utilizar 250 mil toneladas de matéria-prima reciclada até 2025 globalmente.
Circularidade não é um conceito novo; no entanto, poucas empresas no mundo conseguiram estabelecer esse modelo em seus processos produtivos. A transição para um modelo circular exige mudanças não apenas na atual estrutura produtiva pelas empresas, mas também no marco regulatório ambiental e nos hábitos de consumo, em que os usuários deixam de ser o último elo da cadeia produtiva e se tornam um elemento central para fechar o ciclo, cooperando na recuperação de materiais, que podem ser reciclados ou reutilizados em ciclos de produção futuros.
O Brasil é o quarto país que mais produz lixo plástico no mundo. Um relatório feito pela organização não governamental WWF (Fundo Mundial para a Natureza), em 2019, apontou que anualmente são geradas 11,4 milhões de toneladas desse resíduo. Desse total, apenas 1,2% é reciclado, correspondendo a 145 mil toneladas.
Levando em consideração que uma embalagem plástica pode levar de 400 a 500 anos para se decompor, a BASF buscou soluções para resolver a problemática do descarte das embalagens de seus defensivos químicos no campo. Comprometida com a sustentabilidade, a empresa integrou o Sistema Campo Limpo, que atua desde 2002 para fazer a logística reversa desses materiais com destinação final apropriada e tem o inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), uma organização sem fins lucrativos, como entidade gestora.
Ainda no Brasil, a BASF, em conjunto com a Fundação Espaço ECO® (FEE®), criaram o consórcio reciChain com mais sete empresas – Natura, Henkel, Braskem, Bomix, Triciclos, Wise e Recicleiros. O objetivo é reduzir os problemas sociais e ambientais causados pelos resíduos pós-consumo no Brasil, como as embalagens plásticas, por exemplo. Por meio da tecnologia de blockchain, esse projeto apoia o aumento da capacidade instalada de reciclagem de resíduos. E, a partir de uma plataforma digital, fornece incentivos para as empresas ao permitir transacionar créditos e informações sobre cadeias de reciclagem. Ao mesmo tempo em que ajuda a gerar empregos mais justos no setor de reciclagem, o reciChain favorece a economia circular.
“A economia circular deve continuar sendo uma aposta prioritária do setor empresarial, tendo em vista um maior crescimento em termos econômicos e sociais, mas também para alcançar um impacto ambiental verdadeiramente positivo que beneficie todos os atores da cadeia e da sociedade em geral. Com isso em mente, até 2021, a BASF criou um fundo global de recursos de 5 milhões de euros para incentivar projetos de economia circular formulados por equipes internas com clientes em todo o mundo, bem como financiá-los em seu desenvolvimento. Então, para 2030, o objetivo da empresa é dobrar as vendas geradas com soluções para a economia circular para 17 bilhões, concentrando seus esforços em três áreas de atuação: matérias-primas circulares, novos ciclos de materiais e novos modelos de negócios”, conclui Carolina, Chefe de Sustentabilidade da BASF.