O Governo do Paraná iniciou grande pressão sobre a fabricante de embalagens Tetra Pak, argumentando que a empresa coloca no Estado uma imensa quantidade de embalagens longa vida, que depois vão parar no meio ambiente. A Secretaria do Meio Ambiente afirmou que a Tetra Pak, que tem uma fábrica em Ponta Grossa, não dispõe de um sistema eficaz para coletar as embalagens que coloca no mercado..
A empresa se defendeu dizendo que adota práticas em prol da preservação ambiental, tais como utilização de matéria-prima renovável e a compra de papel de madeira certificada. O problema é que a Tetra Pak, como a maioria de nós, acha que a gestão de resíduos nas empresas está resolvida quando se cuida do que é gerado durante a produção. Mas depois de ser produzida, a mercadoria será utilizada e descartada. A responsabilidade pelo descarte final deve ser compartilhada com o fabricante. É preciso pensar com base nos conceitos de Balanço de Massa e de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), que inclui as embalagens e o próprio produto (no caso de bens duráveis) como materiais que serão dispostos no ambiente.
Pouco tempo depois, quando o governo paranaense ameaçou proibir as embalagens Tetra Pak no estado, a empresa aceitou assumir compromisso de elaborar, em dois meses, um projeto de logística de recolhimento e destinação de embalagens em todo o Estado. Esse projeto será feito em conjunto com o Governo Estadual e com o Ministério Público.
A tendência é que esse tipo de exigência se estenda para outros estados. Talvez a própria empresa adote espontaneamente a coleta para evitar a pressão dos governos. Cabe ao consumidor reconhecer e valorizar as empresas que têm essa preocupação para que os demais fabricantes se sintam estimulados a também proceder da mesma forma.
Fonte: Silva Porto Consultoria Ambiental
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