Apesar de existir há mais de um quarto de século, o movimento conhecido como Comércio Justo (que só na Europa envolve mais de 100 mil pessoas em mais de 3 mil estabelecimentos) ainda é pouco divulgado e praticado no Brasil. Mas, aos poucos, este cenário começa a mudar, com a proliferação de lojas que ajudam a estabelecer esta parceria entre produtores e consumidores que pretende promover o desenvolvimento sustentado e o consumo consciente.
O Comércio Justo procura criar meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os de menor porte. Sua missão é a de promover a igualdade social, a proteção do meio ambiente e a segurança econômica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização.
Para atingir este objetivo, as partes envolvidas garantem salários dignos aos operários, estabelecem relações comerciais duradouras, rejeitam a exploração do trabalho infantil, não diferenciam os salários por gênero ou qualquer outro tipo de variável, realizam uma exploração sustentável dos recursos naturais, criam associações, microempresas e cooperativas que ajudam a desenvolver as sociedades rurais e asseguram que os produtores dediquem uma parte dos seus lucros às necessidades sociais básicas das suas comunidades: saúde, educação etc.
O consumidor consciente ajuda a melhorar o mundo quando prestigia o Comércio Justo, comprando as mercadorias produzidas e comercializadas de acordo com esta filosofia. Uma entidade que recentemente deu um passo nesta direção é o Instituto Parceiros da Vida, no Estado do Paraná. No último dia 14 de maio (não por coincidência, o Dia Mundial do Comércio Justo, comemorado internacionalmente desde 2002 a cada segundo sábado de maio), a ONG inaugurou, em um shopping de Curitiba, a Boutique Solidária, que oferece produtos artesanais e manufaturados, de cooperativas de várias regiões do país, e repassa a elas toda a arrecadação da loja.
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