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08.06.18 às 17:08

Relatório mostra impacto positivo do mercado de produtos de segunda mão

Produtos seminovos ou usados têm sua vida útil estendida quando aproveitados por mais de uma pessoa

Estamos vivendo um momento em que é preciso repensar o nosso consumo e mudar hábitos, para que seja possível viver em um mundo mais sustentável, onde teremos o suficiente para todos e para sempre. Nesse sentido, o mercado de compra e de venda de bens seminovos surge como uma opção que impacta de forma positiva o planeta, uma vez que contribui para a extensão da vida útil de um item, economizando recursos naturais na produção de um novo.

Foi nesse contexto que surgiu o relatório Second Hand Effect, que aborda um cálculo sobre o impacto positivo do mercado de produtos de segunda mão no que concerne a emissão de gases de efeito estufa. O relatório aborda a questão do consumo consciente no sentido de que já não podemos consumir do mesmo jeito e com a mesma intensidade, pois isso contribui significativamente para a emissão dos gases do efeito estufa, causadores do aquecimento global e das mudanças climáticas.

O diretor-presidente do Instituto Akatu, Helio Mattar, escreveu o artigo introdutório no relatório ressaltando a importância da reflexão sobre o atual modo de consumo, onde produtos são descartados muito antes do final de sua vida útil. Hoje, já consumimos 60% mais recursos naturais do que a Terra é capaz de regenerar. Ao crescer o grupo de consumidores, serão necessários cerca de 3 planetas para atender a esse consumo. Nesse sentido, precisamos de uma mudança significativa no modelo de consumo visando atender o bem-estar da humanidade com um terço dos recursos naturais que hoje seriam necessários.

O relatório foi encomendado pela OLX, plataforma digital de compra e venda de produtos usados e serviços. Segundo o estudo,  o comércio de produtos usados na sua plataforma, no Brasil, evitou a emissão de 5,7 milhões de toneladas de CO2 , o equivalente às emissões anuais de 1.2 milhão de carros – considerando que a compra de um usado substituiu a compra de um produto novo. “O consumidor deve perceber que não precisa de um produto novo, mas sim de um produto que lhe dê o bem-estar que está buscando, sem necessitar das últimas funcionalidades, da última moda, do produto da publicidade mais recente”, explica Helio Mattar no artigo.

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